Domingos Montagner, de ‘Velho Chico’
Considerado um galã das novelas
Domingos Montagner Filho (São Paulo, 26 de fevereiro de 1962 – Canindé de São Francisco, Sergipe, 15 de setembro de 2016), ator paulistano que interpretava o personagem Santo de “Velho Chico”, da TV Globo
Domingos Montagner nasceu em São Paulo em 26 de fevereiro de 1962. Sua carreira artística começou em 1980, no circo, na companhia de teatro La Mínima.
O ator só foi para a TV em 2008, quando participou do seriado “Mothern”, do GNT. Ele trabalhou em produções como “Força Tarefa” e “Divã” antes de estrear nas novelas em 2011, com “Cordel Encantado”.
Desde então, ele trabalhou em várias novelas da Globo, como “Salve Jorge”, “Joia Rara” e “Sete Vidas”. Ele estava reservado para “O Que nos Une”, novela de Lícia Manzo prevista para 2017.
Considerado um galã das novelas, o ator dizia que o rótulo podia ser traiçoeiro. “Isso não muda muito, pode ser uma armadilha. Não me incomoda mas também não altera em nada. Mas pode reduzir a possibilidade de trabalhar o personagem. Os rótulos reduzem. Sou palhaço também, é uma antítese”, disse em 2015.
Nos cinemas, Montagner estreou em 2009, com o filme “Paredes Nuas”. Recentemente, ele pôde ser visto em “Um Namorado da Minha Mulher”, com Ingrid Guimarães. Ele estava no elenco do filme “O Rei das Manhãs”, que deve estrear em 2017.
Começo no teatro e no circo
O ator paulistano começou sua carreira artística trabalhando no teatro e em circos. Ele atuou em treze programas de TV, entre séries e novelas, além de nove filmes.
Entre os papéis de destaque estão o Capitão Herculano Araújo de “Cordel Encatado” (2011) e o presidente Paulo Ventura de “O brado retumbante” (2012), seu primeiro protagonista.
Ele também chamou atenção como o Zyah de “Salve Jorge” (2012) e o João Miguel de “Sete Vidas (2015).
Montagner conta, em seu site oficial, que iniciou sua carreira no teatro, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro.
Em 1997, formou o Grupo La Mínima, com Fernando Sampaio. A Noite dos Palhaços Mudos, de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2003, criou o Circo Zanni, do qual foi diretor artístico.
O primeiro papel na TV foi no seriado “Mothern” (2006), do GNT, canal da TV por assinatura. A estreia na Globo foi também em seriados: “Força Tarefa”, “A Cura” e “Divã”. A primeira novela, “Cordel Encantado”, foi em 2011. No ano seguinte, estreou no cinema, com uma participação no longa “Gonzaga – de Pai Pra Filho”, de Breno Silveira.
Em entrevista a Ana Maria Braga no “Mais Você”, exibida pela TV Globo no último dia 7 de setembro, Domingos falou sobre as cenas gravadas no rio São Francisco. “Quando você chega no primeiro dia de gravação e dá um mergulho, está batizado para o resto da vida. O sertão é um lugar incrível e precisa ser conhecido”, disse Montagner.
Domingos Montagner morreu em 15 de setembro de 2016. Equipes de busca localizaram o corpo do ator de 54 anos, preso nas pedras, a 18 metros de profundidade e a 320 metros da margem, perto da Usina de Xingó, na Região de Canindé de São Francisco, que fica na divisa entre Sergipe e Alagoas.
Ele gravou cenas da novela na parte da manhã. Após o término da gravação, o ator almoçou e, em seguida, foi tomar um banho de rio.
Durante o mergulho, não voltou à superfície. Camila Pitanga, que estava no local, avisou à produção, que iniciou imediatamente a procura pelo ator.
A atriz descreveu o acidente para a polícia. Segundo ela, os dois foram até uma pedra e mergulharam no rio.
Depois, ela notou que havia muita correnteza e avisou Domingos. Eles nadaram de volta para a pedra, Camila chegou primeiro e tentou duas vezes segurar na mão do ator. Mas a correnteza o arrastou de volta para água.
Helicópteros do Grupamento Tático Aéreo, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e pescadores ajudaram nas buscas. Por volta das 20h40, o corpo de Domingos estava dentro de um barco na margem do rio –uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) saiu de Aracaju rumo a Canindé de São Francisco.
Nesta semana, a novela também teve cenas gravadas em Piranhas (AL).
Segundo o delegado Antônio Francisco Filho, os atores queriam mergulhar em um local com privacidade. “Eles acharam que era seguro, mas na verdade era um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio em Canindé que não é comum ser utilizada pelos banhistas”, contou ele.
(Fonte: http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2016/09 – SERGIPE – G1 SE e do G1, em São Paulo – 15/09/2016)