É considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no país
Afonso Eduardo Reidy (Paris, 26 de outubro de 1909 – Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1964), pioneiro da linha modernista, juntamente com Lucio Costa e Oscar Niemeyer, transformou a paisagem arquitetônica brasileira.
Nasceu em 26 de outubro de 1909, em Paris, França. Já no Brasil, ingressou em 1926 na Escola Nacional de Belas Artes, onde formou-se em 1930 como engenheiro-arquiteto recebendo a Grande Medalha de Ouro. Em 1929, ainda como estudante, foi designado para servir junto ao urbanista Alfred Agache na elaboração do Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, tendo passado posteriormente a seu principal assistente, onde permaneceu até a extinção do escritório do Plano.
Em 1931 ingressou como professor na Escola Nacional de Belas Artes. Inicialmente como professor assistente de Gregori Warchavchik, e depois como titular. No ano seguinte, tornou-se arquiteto-chefe da prefeitura do Distrito Federal. Em 1936, por indicação de Le Corbusier, integra a equipe que projetou o edifício do Ministério da Educação e Cultura (Mec). Posteriormente, em 1937, compõe a equipe que projetou a Cidade Universitária da Ilha do Fundão.
Em 1947, projetou o conjunto residencial Prefeito Mendes de Morais, conhecido como Pedregulho e concluído no início da década de 1950, onde revela sua formação como arquiteto e urbanista na forma como integra o conjunto à topografia e o insere no tecido urbanístico. Em 1948, como diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura, elaborou inúmeros projetos, dentre eles, a urbanização do centro da cidade, compreendendo a área resultante do desmonte do morro de Santo Antônio e da faixa aterrada ao longo da avenida Beira-Mar; urbanização da Esplanada do Castelo; e saneamento da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em julho escreveu um artigo para a Revista Municipal de Engenharia sobre a urbanização da área resultante do desmonte do morro de Santo Antônio.
Em 1954 voltou ao magistério como professor da Faculdade Nacional de Arquitetura. Foi nos últimos de dez anos de sua vida que realizou uma de suas mais importantes obras, ao integrar o grupo de trabalho do Aterro da Glória, atual Aterro do Flamento, no bairro carioca do Flamengo, local que abriga o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam-RJ), projeto de sua autoria vencedor de concurso realizado no início da década de 1950. Desde o início de sua carreira teve participação marcante em órgãos de classe. Foi membro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em 1944 e 1945.
Casou-se com a engenheira Carmen Portinho. Morreu em 10 de agosto de 1964.
(Fonte: arquitetandoblog.wordpress.com/2008/03/30/affonso-eduardo-reidy)
(Fonte: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/affonso_eduardo_reidy)
[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]