André Midani impulsionou diferentes momentos da música no Brasil; relembre frases
Em entrevistas, livro e documentários, produtor destrinchou os bastidores e explicou a evolução da música brasileira nas últimas décadas.
André Midani (1932-2019), empresário da indústria fonográfica, o mais importante executivo da indústria fonográfica do Brasil, contribuiu para o desenvolvimento da música no Brasil e descobriu grandes cantores. Em entrevistas, livro e documentários, destrinchou os bastidores e explicou a evolução da música brasileira nas últimas décadas.
“Se você meditar um pouco, há uma estreita relação entre a corda musical e a corda política no Brasil.”
Em entrevista à BBC em 2018
“E música boa é aquela que toca aqui (aponta para o coração). Música é emoção.”
Em entrevista à BBC em 2018
“Tenho que desfazer uma voz corrente: eu não descobri ninguém. Caetano já estava lá, Gil já estava lá, Elis já estava lá, Jair já estava lá. O que eu fiz foi constatar que a companhia não estava organizada e equipada para vender a música que ela gostaria de vender.”
Em entrevista ao Estado de São Paulo em 2015
“Na verdade, a indústria não existe mais, é defunto, sem possibilidade de reaparecimento com o esplendor que havia antes. A tecnologia tomou o lugar da música no que tange a sua expressão de juventude.”
No documentário “Do vinil ao download” da GNT, em 2015
“A única coisa que eu posso dizer é que sempre haverá música.”
No documentário “Do vinil ao download” da GNT, em 2015
“Algum tempo depois, entrou na casa um grupo de meninos e meninas encabulados, com violões debaixo do braço, todos manifestamente de boas famílias, a maioria ainda estudante. Eram Roberto Menescal, Nara Leão e seu namorado Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, Luis Carlos Vinhas e, por fim, Carlos Lyra. Lá estava em peso a depois denominada ‘turminha da bossa nova’. Adorei as músicas – ‘O barquinho’, ‘Maria ninguém’, ‘Chora tua tristeza’… Adorei o estilo intimista, adorei as poesias e adorei as pessoas, com as quais me sentia identificado. E com uma certa desconfiança inicial fui adotado por eles.”
No documentário “Do vinil ao download” da GNT, em 2015
“Tivemos grandes amores e grandes ódios, dia desses tocou uma música dele numa rádio francesa. Seu vozeirão e personalidade ficam ainda mais dramaticamente expostos quando se ouve fora do seu ambiente nativo.”
Sobre Tim Maia, no documentário “Do vinil ao download”, da GNT em 2015
“Quando se presencia a guerra ela te impõe uma visão da vida que é especial em relação a tudo. A vida, a morte, o medo. Eu tinha 11 anos. A minha convivência mesmo com a guerra se deu com o desembarque do Dia D. Em um belo dia de manhã houve um bombardeio em Cabul. Chovia bombas. Tudo isto fazia muito barulho e nós estávamos apavorados no sótão da casa. A partir das cinco da manhã houve um silêncio que foi pior do que o barulho.”
Em entrevista ao Uol em 2008
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/06/14 – POP & ARTE / MÚSICA / NOTÍCIA / Por G1 – 14/06/2019)