É reconhecido principalmente como o primeiro cenógrafo moderno brasileiro

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

Tomás Santa Rosa (João Pessoa20 de setembro de 1909 – Nova Délhi29 de novembro de 1956), também conhecido por Santa Rosa.  Ilustrador, artista gráfico, cenógrafo, pintor, decorador, figurinista, gravador, professor e crítico.

É reconhecido principalmente como o primeiro cenógrafo moderno brasileiro, porém a atividade a qual se dedicou ao longo de sua vida foi a de ilustrador de livros. Entretanto o seu trabalho no ramo dos livros não era apenas ilustrá-los, era mais do que isso. Ele desenvolvia identidades visuais para os livros, ou seja, fazia um planejamento visual para estabelecer uma unicidade às publicações de determinada editora. Atualmente, o profissional que exerce esse tipo de atividade é o designer gráfico.

Tomás Santa Rosa Júnior, nascido em 20 de setembro de 1909, na cidade de João Pessoa (PB), relatou em uma entrevista concedida em 1956 que seu talento artístico aflorou na infância, quando aos 5 anos de idade resolveu pintar “painéis de grandes proporções”; na realidade, ele se referia às paredes de sua casa. Com 9 anos, o governador do estado, Camilo de Holanda, impressionado com a qualidade de seus desenhos, manifestou o desejo de mandá-lo estudar na Europa, mas sua mãe, muito apegada, não permitiu que fosse. Não faltaram oportunidades para que o menino demonstrasse sua tendência às artes.

Precoce também foi a sua entrada para o serviço público. Aos 14 anos, foi convidado a trabalhar em uma repartição do governo que ficava próxima ao Liceu Paraibano, local onde concluiu seu Curso Comercial e bacharelou-se em Ciências e Letras. Prestou concurso para o Banco do Brasil em 1931, e foi nomeado para uma agência em Salvador (BA), tendo sido transferido posteriormente para Maceió (AL) e depois Recife (PE).

Santa Rosa, que alimentava o sonho de ir para a cidade do Rio de Janeiro aperfeiçoar sua vocação como artista plástico, abandonou o emprego em junho de 1932 e partiu para a Capital Federal. Assim que chegou foi morar no bairro do Catete e dividia um quarto de pensão com o futuro escritor José Lins do Rego. Autodidata, sempre estudou sozinho: a vida o ensinava. Entrou em contato com a pintura, a ilustração, a diagramação, a cenografia e o figurino, dedicando-se também ao ensino das artes.

Sensível e observador, possuía um talento plural que ia das artes plásticas ao teatro e à literatura. Era fascinado pela obra de Portinari, com quem trabalhou e cultivou uma grande amizade. Em 1945, indicado por Alceu Amoroso Lima, tornou-se crítico de arte do Diário de Notícias, ao ocupar o lugar deixado por Di Cavalcanti.

Suas primeiras criações como cenógrafo foram em 1937 com Ásia, de Lenormand, montada pela Companhia de Arte Dramática Álvaro Moreyra; Uma loura oxigenada, de Henrique Pongetti, dirigida pelo ensaiador Eduardo Vieira, no Teatro Rival; e Anna Christie, de Eugene O’Neill – as duas últimas, representadas pela companhia teatral de Jayme Costa. Em 1938, juntamente com Luiza Barreto Leite e Jorge de Castro, fundou o grupo de teatro amador Os Comediantes, que estreou em 1940 com a peça A verdade de cada um, de Luigi Pirandello, cujos cenários, realizados por Santa Rosa, receberam muitos aplausos.

Na encenação de Orfeu, de Jean Cocteau, entusiasmou a platéia ao conceber espelhos, confeccionados com papel celofane que, realçados pelo reflexo de luz prateada, pareciam verdadeiros. Mas a grande consagração de sua carreira foi a execução, em 1943, do cenário deVestido de noiva, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, espetáculo que consolidou o processo de modernização do teatro brasileiro. De acordo com o crítico Álvaro Lins: “Desdenhando os cenários e construindo a arquitetura cênica – com um bom gosto e uma penetração psicológica à altura da peça – Santa Rosa ficou sendo uma espécie de co-autor de Vestido de noiva”.

Morreu aos 47 anos durante uma viagem a Índia para participar, primeiro, como representante do Brasil na Conferência Internacional de Teatro, em Bombaim, depois, como observador da 9ª Conferência Geral da Unesco para a Educação, a Ciência e a Cultura, em Nova Délhi.

 

(Fonte: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/em-1965- Memória da TV /Por THELL DE CASTRO – NOTÍCIAS DA TV/ Por Daniel Castro – 8 de junho de 2014)

(Fonte: www.alemdaimaginacao.com)

(Fonte: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/cenario-e-figurino/biografia-de-santa-rosa)

 

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.