Edgardo Andrada, ídolo do Rosário Central e do Vasco da Gama, levou o milésimo gol de Pelé na partida entre Vasco da Gama e Santos, realizada no Maracanã

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Andrada, goleiro que levou o milésimo gol de Pelé

 

 

Ex-jogador argentino foi ídolo do Rosário Central e do Vasco. Além de sofrer o gol histórico, era reconhecido por ter sido um agente da repressão durante a Ditadura na Argentina

 

 

 

Pelé (direita) marca seu milésimo gol cobrando pênalti na partida entre Vasco da Gama e Santos, realizada no Maracanã. Andrada (deitado à esquerda) fica indignado por não conseguir pegar a cobrança (19/11/1969)
(Foto: ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO)

 

 

 

 

Edgardo Norberto Andrada (Rosário, Argentina, 2 de janeiro de 1939 – 4 de setembro de 2019), ex-goleiro argentino, ídolo do Rosário Central e com passagem marcante no Vasco entre 1969 e 1975. O ex-jogador ficou mundialmente conhecido por ter sofrido o milésimo gol de Pelé, em 19 de novembro de 1969.

 

 

Andrada foi destaque do Vasco nas conquistas do Campeonato Carioca de 1970 e do Campeonato Brasileiro de 1974. Dois anos após o título nacional pelo time cruz-maltino defendeu o Vitória da Bahia. Ele atuou por 10 anos no Rosário Central, clube onde se formou e ganhou o apelido de “El Gato” e é o goleiro com mais jogos pelos Canallas: 284 partidas. Chegou a atuar na seleção argentina durante a Copa América de 1963 e foi pré-relacionado para o Mundial de 1966 na Inglaterra, mas acabou cortado devido a uma lesão.

 

Chegou em 1969 ao Vasco, onde viveu o momento que marcou sua carreira. Com um gol sofrido. No Maracanã lotado, não conseguiu defender o pênalti cobrado por Pelé, que anotaria pela milésima vez.

 

– Como todo goleiro, eu não queria leva o gol. Menos ainda um que vai sair por todo mundo. Mas o gol veio e em pouco tempo você vai se acostumando e você acaba o adotando como um filho – confidenciou Andrada, em entrevista ao SporTV em 2012.

 

Andrada também teve seu passado ligado à ditadura argentina. Depois de se aposentar, em 1983, ele contribuiu com o PCI (Pessoal Civil de Inteligência), órgão que reunia civis para agir na espionagem e repressão do governo autoritário na época. Acusado de ter participado da execução de dois militantes políticos, o goleiro negou o fato, ao SporTV, na mesma entrevista de 2012.

O ex-goleiro foi identificado pelo repressor Eduardo Costanzo entre os membros de um grupo de repressão. Ao ser citado, o Rosário Central pediu sua saída. Andrada negou, em entrevistas, ter participado dos crimes.

Em fevereiro de 2012, o juiz federal Carlos Villafuerte Ruzo lhe concedeu a inimputabilidade, por falta de provas. Porém, durante a ditadura militar, o ex-goleiro contribuiu com o Pessoal Civil de Inteligência (PCI), órgão que reunia civis para agir na espionagem e repressão do governo autoritário que assolou a Argentina de 1966 a 1973.

Andrada faleceu em 4 de setembro de 2019. Andrada tinha 80 anos.

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia – FUTEBOL / FUTEBOL INTERNACIONAL / NOTÍCIA / Por GloboEsporte.com — Rosário, Argentina – 05/09/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.497 – 6 de SETEMBRO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 31)

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