Edison Nequete, trabalhou no Diário de Notícias e como redator na Agência Nacional, no programa “A Voz do Brasil”, e exerceu a mesma função na Rádio JB

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Edison Curie Nequete (Porto Alegre, 27 de julho de 1926 – 23 de novembro de 2010), jornalista, escritor, diretor de teatro e ator. Ele era associado da ABI, onde ingressou em 18 de junho de 1968, quando exercia a função de redator da Rádio Jornal do Brasil.

 

Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde nasceu em 27 de julho de 1926, Edison Nequete foi professor de teatro na sua cidade natal. Sua incursão no jornalismo se deu no Rio de Janeiro, na década de 1960, onde trabalhou no Diário de Notícias e como redator na Agência Nacional, no programa “A Voz do Brasil”, e exerceu a mesma função na Rádio JB.

 

No início dos anos 70, Edison Nequete, além do trabalho na Agência Nacional, atuava como redator do programa “Na onda certa”, da Rádio Mundial que era dirigido para o público jovem. Além disso, fazia o noticiário da edição da meia-noite do jornal “O seu redator chefe”, também no Sistema Globo de Rádio. Ele também foi redator e cronista colaborador do Jornal do Commercio.

 

No campo das artes, além do teatro, Edison Nequete se lançou na música como letrista no início dos anos de 1950, quando teve seus versos escritos em castelhano musicados pelo compositor erudito gaúcho Natho Henn. Uma das músicas da dupla foi incluída no repertório do tenor Mário de Oliveira e executada várias vezes pela Orquestra da Rádio Farroupilha, à época dirigida pelo Maestro Manso. No mesmo período teve outro poema musicado por Lilá Rippol.

 

Ator teve ápice de sua carreira no dia 23 de junho de 1948, quando marca o início e uma das maiores glórias da sua carreira teatral. Edison participava do elenco de Antígona, de Jean Anouhil, numa encenação do Teatro do Estudante no palco do Theatro São Pedro. Integravam o elenco também Enilda Lopes, Walmor Chagas, Décio Escobar, Olavo, Engel, Lídia Ylzuk e Sérgio Franco. A direção era de Guilhermino César. Gilda Marinho e Emilinha Schneider colaboraram no visual do espetáculo. Pois os aplausos vieram. Como veio, alguns anos depois, uma placa de bronze do mesmo Theatro São Pedro, de Porto Alegre.

 

Em sua longa presença nos palcos brasileiros, Nequete participou como ator e diretor de algumas dezenas de espetáculos. Também interpretou e esteve presente no elenco de A Morte do Caixeiro – Viajante, de Arthur Miller, que abriu a temporada teatral de Porto Alegre, em 7 de julho de 1957. Nela estavam, Lauro Hagemann, Hilda Souza, Júlio Flávio Muller Barreto, Moura Neto, Edison Nequete, Rina Ceriana, João Acyr, Ricardo Hoeper, Anaurelino Magno, Diva Gonçalves e Roberto Silva.

 

Edison Nequete faleceu em 23 de novembro de 2010, aos 84 anos, de causa não identificada, no PAM de Irajá.

 

“O Nequete tinha um excelente texto, principalmente para o rádio”, disse o jornalista Marcelo Auler, da sucursal carioca do Estadão, que o conheceu no Sistema Globo de Rádio, em 1973: — Nos conhecemos com ele me mostrando a dureza do jornalismo e tentando me fazer desistir de exercer a profissão de jornalista. Recentemente o Nequete me procurou pedindo ajuda e eu e outros colegas tentamos ajudá-lo, inclusive com uma internação, disse Marcelo Auler após lamentar a morte do amigo.

(Fonte: http://www.abi.org.br – ABI – Associação Brasileira de Imprensa – 23/11/2010)

(Fonte: Zero Hora – Nº 15.638 – Ano 45 – Almanaque Gaúcho – Túnel do Tempo / Por Olyr Zavaschi – Chocolate – 23/06/08 – Pág; 42)

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