Édith Piaf, eterna diva da música francesa, cantora apelidada de pardalzinho.

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Édith Piaf: a diva da canção francesa

 

Édith Piaf (Belleville, Paris, 19 de dezembro de 1915 – Grasse, na Riviera Francesa, 11 de outubro de 1963), a cantora apelidada de “pardalzinho” deixou músicas fortes sobre desilusões, amores e a situação da classe operária durante a Segunda Guerra.

Édith Giovanna Gassion, mais conhecida como Édith Piaf, teve sua voz silenciada por um câncer. Ícone da canção francesa, morreu com apenas 47 anos no dia 11 de outubro de 1963, mas deixou registros irretocáveis de seu vocal dramático e letras passionais. A obra de Piaf, muito afetada pelos acontecimentos trágicos de sua biografia, também contribui como um retrato da situação vivida pela classe operária europeia durante a Segunda Guerra Mundial.

Édith também já foi tema de diversas adaptações para o teatro e material de filmes. Na cinebiografia mais famosa, “Piaf – Um Hino ao Amor”, a atriz Marion Cotillard personifica a cantora em atuação assombrosamente convincente, pela qual ganhou o Oscar de melhor atriz.

Eterna diva da música francesa, a chanteuse Édith Piaf era especialista em interpretar baladas e chanson réaliste, estilo popularizado em cabarés e cafés franceses durante o final do século XIX até o período pós-Segunda Guerra Mundial.

Em geral, as letras do estilo chanson réaliste, normalmente cantadas por mulheres, falavam sobre as dificuldades e a pobreza da classe operária da época, tendo Édith Piaf como uma de suas maiores representantes. De origem pobre, além de cantar sobre sua realidade social, Piaf se destacava por mostrar com muita paixão temas de amor, perdas e sofrimento.

Biografia

Nascida em Belleville, Paris, filha de pai artista de rua e mãe cantora de um café, foi abandonada pela mãe ao nascer, tendo vivido por um curto período com a avó materna. Levada pelo pai para ser criada pela avó paterna, acabou sendo cuidada em um bordel quando o pai serviu ao exército francês durante a Primeira Guerra Mundial.

Dos três aos sete anos, a pequena Piaf foi diagnosticada com cegueira tendo se curado após uma peregrinação, acontecimento que a fez acreditar ter recebido um milagre. Posteriormente, médicos julgaram que a melhoria nas condições de higiene teriam sido a causa para a retomada da visão, pois Édith ficou cega no período em que morava no bordel e lá teria contraído uma inflamação nos olhos.

A primeira vez que Piaf cantou em público foi em 1929, aos 14 anos, quando acompanhou o pai em uma performance de rua. No entanto, foi na companhia da amiga Simone “Mômone” Berteaut que Édith passou a cantar nas ruas com frequência, e a começar a ganhar dinheiro por isso.

Seu primeiro amor, Louis Dupont, tentou convencê-la a ter “empregos normais”, os quais ela sempre declinou até ficar grávida e aceitar um trabalho em uma fábrica. A filha Marcelle nasceu em 1933, quando Édith tinha apenas 17 anos, mas isso não a impediu de voltar a cantar nas ruas. Aos dois anos, Marcelle morreu de meningite e a cantora nunca mais voltou a ter filhos.

Piaf foi então descoberta no ano de 1935 por Louis Leplée, dono do clube Le Gerny, que a apelidou de “La Môme Piaf”, em tradução literal, “Pequeno Pardal”, alcunha que adotou posteriormente para seu nome artístico. Foi Leplée que lhe ensinou a se portar no palco e instruiu a cantora a usar um vestido preto, figurino que se tornaria uma marca em seus shows.

Devido à grande publicidade que Leplée conseguiu para os shows de Piaf, foi possível gravar seus dois primeiros discos naquele período. Entretanto, a carreira da proeminente cantora quase foi ameaçada após a morte de seu mecenas Leplée, que foi assassinado.

Autora de muitas de suas letras de tom pessoal, Piaf também foi dona de muitos amores conturbados. Em termos de sucesso profissional, a cantora consolidou seu nome na França e internacionalmente, tendo excursionado pela Europa, Estados Unidos e América do Sul.

Seu grande amor foi o boxeador Marcel Cerdan, que morreu em um acidente de avião, em 1949. Já os problemas com álcool teriam começado após um acidente de carro que ela sofreu em 1951, época em que fez um delicado tratamento à base de morfina para se recuperar da quebra de um braço e duas costelas.

O primeiro marido, oficialmente, foi o cantor Jacques Pills, com quem se casou em 1952 e se separou em 1957. Em 1962, casou com o grego Théo Sarapo (Theophanis Lamboukas), que era 20 anos mais novo.

Em 11 de outubro de 1963, Édith Piaf morreu de câncer, aos 47 anos, em Grasse, na Riviera Francesa. Seu corpo foi levado a Paris e enterrado no cemitério de Père-Lachaise ao lado de sua filha Marcelle, sendo um grande ponto de visitação turística e homenagens até hoje.

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/musica/2013-10-11/50- MÚSICA / CULTURA / Por Susan Souza, iG São Paulo – 11/10/2013)

 

 

 

 

A artista teve sua vida contada no filme “Piaf – Um Hino ao amor”, com a atriz francesa Marion Cotillard no papel principal. Ela levou o Oscar por sua interpretação, em 2008.

Nascida em 19 de dezembro de 1915, em Paris, seu verdadeiro nome era Edith Giovanna Gassion. Seu nome artístico deve-se a sua delicada figura (em francês coloquial, “piaf” significa “pardal-dos-telhados”). Apadrinhada por Maurice Chevalier, surgiu em 1937 na cena parisiense com suas canções, muitas compostas por ela mesma.

Sua mãe cantava num café e se chamava Annetta Jacqueline Gassion. Porém, ela não se importava muito com a filha —e, assim, a pequena Piaf foi enviada para a casa da avó, onde quase morreu de fome. O pai de Édith Piaf a colocou então sob os cuidados da avó paterna, que administrava um bordel em Bernay. Alphonse Gassion era alcoólatra e batia muito na filha. Desde cedo, a artista teve que conviver com a violência e aprendeu a se virar como cantora de rua.

Quando abandonou seu pai, aos 15 anos, a rua se tornou o seu ganha-pão em Paris. A sua voz chamou a atenção do proprietário de cabaret Louis Leplée, que a contratou para cantar em seu Gerny’s. Foi ele quem lhe deu, mais tarde, o nome artístico de Piaf. Nessa época, a artista já havia vivenciado a triste experiência de uma relação marcada pela violência de seu amante Louis Dupont e da perda de sua filha Marcelle, de um ano e meio, que morreu de meningite em 1934.

O sucesso alcançado em seu país com “La Vie en Rose” ultrapassou fronteiras, e temas como “Milord”, “Jerusalem” e “Non, Je ne Regrette Rien”, a canção francesa mais conhecida no mundo, que Piaf interpretava sempre com grande paixão, tornaram-se autênticos sucessos internacionais. De um humilde e nascida em ambiente circense, apoiou a carreira de muitos cantores conhecidos, como Charles Aznavour e Yves Montand.

Em 1944, era vista por duas semanas ininterruptas no Moulin Rouge. Um ano mais tarde, conquistava os Estados Unidos. Ali, ela conheceu o seu grande amor. O pugilista Marcel Cerdan, mas ele já era casado e tinha três filhos. Com a morte do boxeador em acidente aéreo, em 1949, a vida de Piaf desmoronou. A partir daí, a sua história foi marcada pelo álcool, drogas e diferentes relações com atores, empresários, cantores e compositores.

Em 1958, outra tragédia marcava sua vida: ao lado do companheiro Georges Moustaki, apelidado de “Jo”, que Édith lançou no cenário musical, sofreu um acidente automobilístico, o que a fez ficar um mês internada, e deixou como sequela o agravamento de suas dores físicas e constantes desmaios, o que a levou a um uso descontrolado de morfina. Tudo isto piorou o seu já deteriorado estado de saúde por conta da artrite e da fibromialgia, aumentando consideravelmente sua dependência por álcool.

Diagnosticada com câncer do fígado em 1959, continuou sua vida sem se deixar impressionar, mas sempre acompanhada de enfermeiras e morfina. Em 1962, o grego Theophanis Lamboukas a procurou porque queria ser cantor. Piaf se apaixonou por ele, dando-lhe o nome artístico de Théo Sarapo [eu te amo, em grego]. Eles se casaram em outubro daquele ano.

Édith Piaf morreu em consequência de uma hemorragia interna no órgão, em 11 de outubro de 1963 e seu corpo está enterrado no cemitério parisiense de Père Lachaise.

(Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/03/30 – UNIVERSA / NOTÍCIAS / MULHERES INSPIRADORAS / De Universa – 30/03/2021)

 

 

 

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