Eduard Shevardnadze, último chanceler da União Soviética, figura chave no fim da Guerra Fria, foi presidente da Geórgia e o último ministro das Relações Exteriores da extinta União Soviética, durante o governo Mikhail Gorbachev

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Eduard Shevardnadze, ex-presidente da Geórgia

Ele também foi último ministro das Relações Exteriores da União Soviética.
Shevardnadze contribuiu de maneira decisiva para o fim da Guerra Fria

Eduard Shevardnadze, ex-presidente da Geórgia e o último ministro das Relações Exteriores da extinta União Soviética, em foto de maio de 2009 (Foto: Shakh Aivazov/AP)

 

 

Eduard Shevardnadze (nasceu em 25 de janeiro de 1928 em Mamati, Geórgia – faleceu em Tbilisi, Geórgia, em 7 de julho de 2014), último chanceler da União Soviética, figura chave no fim da Guerra Fria.

Shevardnadze, que foi presidente da Geórgia e o último ministro das Relações Exteriores da extinta União Soviética, durante o governo Mikhail Gorbachev, contribuiu de maneira decisiva para o fim da Guerra Fria como último chefe da diplomacia da URSS, assim como o presidente Gorbachev e seu processo, a Perestroika.

Ele negociou com os Estados Unidos tratados para reduzir o número de armas nucleares e facilitou os processos de democratização dos países comunistas do leste europeu, o que resultou na queda do Muro de Berlim em 1989 e na posterior reunificação da Alemanha.

Shevardnadze teve um papel essencial na Perestroika, a “reestruturação” lançada no fim dos anos 1980 pelo líder soviético Mikhail Gorbachev com a intenção de reformar o sistema soviético e que terminou em 1991 com o desmembramento da URSS.

Como ministro das Relações Exteriores soviético, negociou tratados de desarmamento nuclear com os Estados Unidos e facilitou os processos de democratização dos países comunistas do Leste Europeu, o que resultou na queda do Muro de Berlim em 1989 e na posterior reunificação da Alemanha.

– Não acredito que a Guerra Fria teria acabado de forma pacífica sem ele. Este homem é um herói – afirmou, em 2000, James Baker, ex-secretário de Estado americano, que passou muitas horas em negociações com Shevardnadze.

Mas o fim da carreira política de Shevardnadze foi menos glorioso: eleito presidente da Geórgia independente em 1995, foi obrigado a renunciar em 2003, em plena “Revolução das Rosas”, e deixou um país empobrecido e à beira do caos.

“Era um homem muito capaz, de talento, muito aberto para trabalhar com todas as classes sociais”, declarou Gorbachev à rádio Eco de Moscou.

O fim da carreira política de Shevardnadze foi menos glorioso. Eleito presidente da Geórgia independente em 1995, foi obrigado a renunciar em plena Revolução das Rosas e deixou um país empobrecido, à beira do caos.

Shevardnadze recebia, nos últimos anos, uma pequena pensão e morava em uma residência oficial de Tbilisi, onde escreveu suas memórias. Estava cercado de fotos que o mostravam ao lado dos antigos amigos durante os anos de glória, quando contribuiu para forjar o destino da Europa.

Ele estava afastado da política desde a renúncia à presidência da Geórgia em 2003.

Eduard Shevardnadze faleceu em 7 de julho de 2014, aos 86 anos, em Tbilisi, na Geórgia. O presidente russo Vladimir Putin apresentou “sinceras condolências à família e a seu entorno, assim como ao povo
da Geórgia”.

‘O senhor Shevardnadze faleceu ao meio-dia, hora local”, anunciou à AFP sua assistente Marina Davitashvil.

“Estava doente há muito tempo”, disse.

O presidente russo Vladimir Putin apresentou “sinceras condolências à família e a seu entorno, assim como ao povo da Geórgia”.

(Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/obituariozh- ANO 51 – MEMÓRIA/ Por Jessica Weber – 8 de julho de 2014)

(Direitos autorais: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07 – Globo Notícias/ MUNDO/ NOTÍCIA/ Da France Presse – 07/07/2014)

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