Eileen Gray, arquiteta e designer de móveis, é considerada um ícone do Modernismo e uma das mulheres mais fascinantes do século 20

Arquiteta e designer de mobiliário e objetos decorativos, o seu trabalho foi frequentemente ofuscado pelos seus pares, como Le Corbusier e Marcel Breuer.

 

Kathleen Eileen Moray Gray (Enniscorthy, Irlanda, 9 de agosto de 1878 – Paris, França, 31 de outubro de 1976), foi uma arquiteta e designer de móveis irlandesa e pioneira do Movimento Moderno na arquitetura.

 

Nasceu em Enniscorthy, uma pequena cidade no extremo sul da Irlanda, em agosto de 1878 dentro de uma família aristocrata e de veia artística. Estudou na Slade School of Fine Art de Londres entre 1898 e 1902.

 

Nos anos seguintes estudou desenho com Colarossi e Julian, em Paris, formando-se na arte de aplicar laca com o mestre japonês Sugawara. Levava um estilo de vida boêmio de mulher independente – muito diferente do da sua época.

 

 

 

Em 1907 instalou-se em Paris aonde seus trabalhos começaram a ficar famosos e a levaram então, em 1913, a expor no Salón dês Artistes Décorateurs.

 

A partir de 1919 começa a trabalhar com decoração e design de móveis e em 1922 liga-se ao grupo De Stijil – movimento artístico que advogava linhas limpas, formas básicas, máxima simplicidade.

 

Sua primeira grande encomenda, em 1917, um apartamento da Rue Lota em Paris a lançou à fama, o que fez com que em 1922 ela abrisse sua própria loja, chamada Galerie Jean Désert, onde expunha suas criações. Neste mesmo ano, expôs sua obra em Amsterdã junto ao arquiteto do movimento De Stijl, Jan Wils.

 

Seu gênio criativo, sua sensibilidade à cor e seu domínio sobre a técnica da laca foram utilizados em novas e inovadoras formas caracterizando suas criações. Em 1923, um projeto de sua autoria foi muito elogiado por Walter Gropius, na época diretor da Escola Bauhaus.

 

Em 1926 encorajada pelo arquiteto romeno Jean Badovici e por Le Corbusier se aventurou pela arquitetura e apesar de seu legado arquitetônico não ser muito amplo, ela conseguiu construir uma das residências mais emblemáticas da arquitetura moderna, a E-1027.

 

A partir de 1926 trabalhou como arquiteta e apresentou seus trabalhos no pavilhão “Temps Nouveaux” de Le Corbusier, em 1937. Nessa época, criou uma das mais famosas casas do século vinte, a E.1027, à beira mar.

 

Gray desenvolveu uma estética única sem raízes aparentes em qualquer movimento específico, sendo hoje amplamente reconhecida como uma das mais influentes designers e arquitetas do século XX.

 

Oriunda de uma rica família de artistas, a sua formação começou na Slade School of Fine Arts. A partir de 1919 começa a trabalhar com decoração e design de móveis, criando telas, painéis e objetos com virtuosismo técnico e força poética.

 

Mais tarde, desenvolve um forte interesse pela Arquitetura, projetando duas casas que se tornaram exemplos do espírito do “Movimento moderno”:

 

• E-1027, em Roquebrune (concluída em 1929),
• “Tempe um Pailla”, no sul da França, (concluída em 1934).

 

No mobiliário, destacam-se as famosas mesa circular E-1027 e o cadeirão Bibendum, inspirados nas experiências com ferro tubular de Marcel Breuer, na Bauhaus.

 

Eileen Gray é uma das maiores referências do International Style. O National Museum of Ireland, em Dublin, tem uma exposição permanente da sua obra.

 

Hoje, as suas peças de mobiliário valem milhões em leilões. As suas peças são ainda consideradas de vanguarda, apesar de terem sido criadas há oitenta anos. Eileen Gray esteve à frente da sua época. Trinta anos depois da sua morte, ela ainda é uma das mulheres mais fascinantes do século XX.

 

Sua mesa ajustável E1027 está na coleção de design permanente do The Museum of Modern Art, Nova York

 

Eileen Gray faleceu em 31 de outubro de 1976 em Paris.

(Fonte: http://tipografos.net/design/gray)

(Fonte: https://www.guimar-interiores.com.br/designer/eileen-gray – DESIGNERS CLÁSSICOS)