Elizabeth Bishop (Worcester, Massachusetts, 8 de fevereiro de 1911 Boston, 6 de outubro de 1979), escritora americana, queria um porto seguro. Órfã desde criança, educada em colégios internos, a poeta norte-americana estava devastada quando desembarcou no Porto de Santos em 1951. Atormentada por ideias de suicídio, pelo alcoolismo crescente, pela autocrítica acirrada que a impedia de criar. Foi aqui que ela encontrou certa calma. Calma para amar e para escrever.
A norte-americana Elizabeth Bishop nasceu em Massachusetts, em 8 de fevereiro de 1911, e morreu 68 anos depois, em Boston. Em 1952, depois de uma viagem pela costa brasileira, Elizabeth encantou-se pelas montanhas de Petrópolis e lá permaneceu por longos quinze anos. Durante esse período, escreveu numerosos registros e poemas.
Por 15 anos, Bishop manteve um relacionamento com Lota Macedo Soares, urbanista e arquiteta influente nos anos 1950 e 1960 e uma das responsáveis pelo projeto do aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. “Essa ligação amorosa foi revigorante para ela. Bishop era uma pessoa solitária, deprimida. Não que ela tenha se transformado em alguém alegre e leve. Mas essa relação deu a ela uma estabilidade”.
Entre idas e vindas, a relação com o Brasil perdurou por 22 anos, tempo em que passou não só pelo Rio de Janeiro e por Petrópolis (RJ), mas também por Ouro Preto (MG), onde manteve casas. Sua história de amor nos trópicos, porém, acabou em 1967, com o suicídio de Lota. Seria mais uma morte a pairar sobre Bishop, mestre na arte de perder.
(Fonte: www.estadao.com.br – Maria Eugênia de Menezes – O Estado de S.Paulo 13/5/11)
(Fonte: veja.abril.com.br – Elizabeth Bishop; tradução de Paulo Henriques Brito 28/05/2010)
Acesse conteúdo com reportagem exclusiva sobre Lota de Macedo Soares e Elizabeth Bishop.
(Fonte: Veja, 29 de novembro de 1995 – ANO 28 – Nº 48 – Edição n° 1420 – LIVROS/ Por Okky de Souza – Pág; 134 a 136)