Eric Hobsbawm, intelectual marxista é considerado um dos maiores historiadores do século 20.

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Eric Hobsbawm (Alexandria, Egito, 1917 – Londres, 1° de outubro de 2012), historiador britânico.

Entre suas obras mais importantes estão História do século 20, 1914-1991 e Guerra e paz no século 21. O intelectual marxista é considerado um dos maiores historiadores do século 20.

Eric Hobsbawm nasceu em 1917 e era professor emérito da Universidade de Londres. Suas convicções marxistas influenciaram diversos estudiosos na área da história ocidental. Ele defendia o socialismo mesmo após o fim da União Soviética.

Hobsbawm veio ao País há 12 anos, em 2003, e participou da primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

História.

A vivência de Hobsbawm como aluno durante a década de 1930 na Alemanha ajudou a consolidar suas visões de esquerda. Em 1936, na Inglaterra, ele entrou para o Partido Comunista, do qual foi integrante durante décadas, apesar de ter se desiludido com a União Soviética.

Hobsbawm publicou o primeiro de três livros cobrindo o “longo século 19” em 1962, em que abrange o período 1789-1914. No segundo volume, Era dos extremos, tratou do período até 1991. Hobsbawn nasceu na Alexandria, no Egito, em 1917, filho de pais judeus. Ele cresceu em Viena e em Berlim, mudando-se para Londres em 1933, mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha.

O historiador britânico Eric Hobsbawm morreu dia 1° de outubro de 2012, aos 95 anos, em Londres.

(Fonte: http://estadao.br.msn.com/cultura – 1° de outubro de 2012)

Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século 20

Intelectual marxista de renome internacional

Um dos mais influentes historiadores do século 20, o britânico Eric Hobsbawm

A reputação do historiador deve-se, principalmente, a quatro obras escritas por ele, entre elas “Era dos Extremos: o Breve Século 20: 1914 – 1991”, livro que foi traduzido em 40 línguas.

De família judia, Hobsbawm nasceu na cidade de Alexandria, no Egito, em 1917, o mesmo ano da Revolução Russa, que representou a derrocada do czarismo e o início do comunismo no país.

Não por coincidência, a vida do historiador e seus trabalhos foram moldados dentro de um compromisso duradouro com o socialismo radical.

O pai de Hobsbawm, o britânico Leopold Percy, e sua mãe, a austríaca Nelly Grün, mudaram-se para Viena, na Áustria, quando o historiador tinha dois anos e, logo depois, para Berlim, na Alemanha.

Hobsbawm aderiu ao Partido Comunista aos 14 anos, após a morte precoce de seus pais. Na ocasião, ele foi morar com seu tio.

Em 1933, com o início da ascensão de Hitler na Alemanha, ele e seu tio mudaram-se para Londres, na Inglaterra. Após obter um PhD da Universidade de Cambridge, tornou-se professor no Birkbeck College em 1947 e, um ano depois, publicou o primeiro de seus mais de 30 livros.

Hobsbawm foi casado duas vezes e teve três filhos, Julia, Andy e Joshua.

Na década de 80, Hobsbawm comentou sobre sua fuga da Alemanha. “Qualquer um que viu a ascensão de Hitler em primeira mão não poderia ter sido ajudado, mas moldado por isso, politicamente. Esse garoto ainda está aqui dentro em algum lugar – e sempre estará”.

Obra

Entre as obras mais conhecidas de Hobsbawm, estão os três volumes sobre a história do século 19 e “Era dos Extremos”, que cobriu oito décadas da Segunda Guerra Mundial ao colapso da União Soviética.

Já como presidente do Birkbeck College, ele publicou seu último livro, “Como mudar o mundo – Marx e o marxismo 1840-2011”, no ano passado.

O historiador afirmou que ele tinha vivido “no século mais extraordinário e terrível da história humana”.

Marxista inveterado, ele reconheceu a derrocada do comunismo no século 20, mas afirmou não ter desistido de seus ideais esquerdistas.

Em abril deste ano, Hobsbawm disse ao colega historiador Simon Schama que ele gostaria de ser lembrado como “alguém que não apenas manteve a bandeira tremulando, mas quem mostrou que ao balançá-la pode alcançar alguma coisa, ao menos por meio de bons livros”. BBC Brasil – Todos os direitos reservados.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – CULTURA – 01 de outubro de 2012)
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