Ernst Rohm, braço-direito de Hitler, foi um dos responsáveis pela ascensão do Nazismo

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ERNST ROHM, O HOMOSSEXUAL ASSUMIDO QUE ERA BRAÇO DIREITO DE HITLER

 

 

Ernst Rohm (nasceu em Munique, em 28 de novembro de 1887 – faleceu em Munique, prisão de Stadelheim, em 2 de julho de 1934), oficial alemão, líder da divisão SA, foi um dos responsáveis pela ascensão do Nazismo.

Como sabemos, a relação entre o Nazismo e minorias sociais foi de terrível hostilidade. E não era diferente com os homossexuais: nos campos de concentração, homens gays eram identificados com um triângulo rosa invertido, e submetidos a violência e tortura. Mas, nos primórdios do regime, um gay assumido teve grande papel de destaque: o oficial alemão Ernst Rohm.

Trajetória

Rohm foi um dos grandes responsáveis pela ascensão do Nazismo entre 1920 e 1930. Braço-direito de Hitler, foi ele quem reconheceu no ditador as qualidades de um líder hipnótico, acompanhando-o em seus comícios e assembleias. Em 1931, ele passou a liderar a SA, ou Sturmabteilung, organização militar.

A posição imponente de Rohm no início do regime criou a falsa ideia de que os homossexuais não seriam perseguidos. Entretanto, a história mostrou o contrário: segundo o pesquisador alemão Rüdiger Lautmann, cerca de 10 mil gays foram parar em campos de concentração, e 60% deles morreram em câmaras de gás ou durante experiências médicas.

Além de homossexual assumido, Rohm também era anticapitalista – e em 1933, com a chegada do Partido ao poder, ele começou a pressionar seus aliados para fazer uma Segunda Revolução Nazista, que instaurasse o socialismo no país.

O oficial acumulava um número cada vez maior de inimigos e, embora Hitler parecesse não se incomodar com sua orientação sexual, as tensões foram cada vez mais agravadas.

Inimigos de Rohm, como Heinrich Himmler, advertiam Hitler sobre o crescente poder que o oficial acumulava. Sua divisão militar poderia absorver as forças armadas da Alemanha, um desejo manifestado pelo próprio Rohm. Com isso, em junho de 1934, Hitler o prendeu pessoalmente e lhe ofereceu uma escolha: suicídio ou morte.

Recusando o suicídio, ele acabou sendo morto em 2 de Julho de 1934, durante a Noite das Facas Longas, junto com outros 400 oficiais militares da SA.

(Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem – AVENTURAS NA HISTÓRIA / NOTÍCIAS / MATÉRIAS / NAZISMO / Por JOSEANE PEREIRA – 20/10/2019)

1934: Hitler manda executar Ernst Röhm

No dia 30 de junho de 1934, foi preso Ernst Röhm, um ex-aliado de Hitler. Röhm queria transformar a SA num exército sob seu poder. Ele foi executado dois dias depois.O capitão Ernst Röhm, organizador da tropa de assalto SA (Sturmabteilung) do partido nazista, não imaginava qual seria seu destino após cair em desgraça com Hitler. O Führer havia decidido matá-lo.

Faltando apenas um dia para o fim das férias coletivas dos integrantes da SA, o próprio chanceler alemão deu início ao massacre de seus ex-aliados, num episódio de incrível brutalidade e traição que ficou conhecido como a Noite dos Longos Punhais.

Röhm, um típico representante da chamada “geração perdida” da Primeira Guerra Mundial, acreditava no ideário nazista quando aderiu ao partido em 1918. Logo no ano seguinte, passou a integrar o privilegiado grupo de amigos pessoais de Hitler.

Ferido três vezes na Primeira Guerra Mundial, lembrava com nostalgia da camaradagem dos soldados nas frentes de batalha. A isso, adicionava-se uma porção de energia criminosa, disfarçada sob a máscara de um nacionalista revolucionário.

Treinos na Bolívia

Ele demonstrava um desprezo profundo pelo que chamava de “farisaísmo e hipocrisia burguesa”. Nos primórdios do movimento nazista, revelara-se um organizador talentoso, atraindo um grande número de adeptos para o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (NSDAP).

Em 1924, elegeu-se para o Reichstag (Parlamento) pelo Partido Liberal Popular Alemão e foi encarregado de organizar o batalhão nazista Frontbann. A partir de 1928 passou dois anos treinando soldados na Bolívia e, em 1930, foi nomeado para o posto de comandante da SA.

Röhm transformou a SA – inicialmente uma espécie de força paramilitar privada de Hitler – numa milícia popular formada por combatentes de rua, capangas e arruaceiros. Do seu ponto de vista, foi “bem sucedido”: o número de integrantes da SA subiu de 70 mil para 170 mil em apenas 18 meses.

As fileiras da milícia eram engrossadas, principalmente, por desempregados, mas eram recrutados também ladrões e assassinos. Para Ernst Röhm, esse “exército plebeu” era o núcleo do movimento nazista, “a encarnação e garantia da revolução permanente”, baseada no “socialismo de caserna” que ele experimentara durante a Primeira Guerra Mundial.

De fato, a SA desempenhou um papel decisivo na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933, através da intimidação de adversários políticos.

Mas em 1933, quando já contava com milhões de integrantes, a organização passou por uma pequena decepção. Seus líderes, que aspiravam à supremacia dos quartéis sobre a classe política, irritavam-se com a crescente burocratização do movimento nazista.

O sonho de Ernst Röhm era ser o comandante supremo de uma enorme força armada, resultante da fusão da SA com o exército regular. Hitler seria então “apenas” o chefe político.

Como comandante da SA, ministro sem pasta e secretário estadual na Baviera, Röhm ocupava cargos de destaque no final de 1933, mas desperdiçou todos os seus trunfos.

Empecilho aos planos de Hitler

Ele se opunha ao plano de Hitler de realizar uma revolução sob o manto da legalidade e passou a falar publicamente de um iminente golpe de Estado. Sua demagogia populista era rejeitada pela classe média e preocupava os militares e industriais, que formavam a base do regime nazista. A reivindicação de Röhm de transformar a SA numa milícia autônoma alarmou os generais, indispensáveis para os planos de longo prazo de Hitler.

Como o chanceler demorasse a agir, o Exército lhe deu um ultimato, dizendo que, se uma medida enérgica não fosse tomada, um golpe de Estado militar tiraria os nazistas do poder. Foi aí que Hitler decidiu liquidar “Röhm e seus rebeldes”.

Sem a menor suspeita da chacina que estava sendo tramada, Röhm foi preso na noite de 30 de junho de 1934 num hotel junto ao lago Tegernsee (Baviera), onde festejava com outros líderes da SA.

Levado para a prisão de Stadelheim, negou-se a cometer suicídio e foi fuzilado dois dias depois. Na chamada Noite dos Longos Punhais, os nazistas executaram sumariamente 85 pessoas, muitas delas sem qualquer ligação com Röhm.

Oficialmente, o governo alemão alegou que a SA estava preparando um golpe contra o Reich. Na prática, porém, Hitler concretizava apenas mais uma de suas estratégias de poder: após o massacre, ele não tinha mais rivais e podia celebrar o domínio absoluto sobre o partido nazista.

(Créditos autorais: https://www.terra.com.br/noticias – Deutsche Welle/ por NOTÍCIAS – 30 jun 2024)

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