Espiga Pinto (Vila Viçosa, 1940 – Porto, 1º de outubro de 2014), artista plástico
Natural de Vila Viçosa, Espiga Pinto ganhou, entre outros galardões, o Prémio da Bienal de São Paulo, no Brasil, em 1973, para cenários do bailado “A Dulcineia”, da Fundação Calouste Gulbenkian. O pintou e escultor, foi aliás, bolseiro de pintura da fundação, em 1973 e 1974.
Espiga Pinto realizou mais de 80 exposições individuais e “inúmeras coletivas”. A sua primeira exposição data de 1959, na Galeria Pórtico, em Lisboa.
Espiga Pinto realizou trabalhos nas áreas da pintura, desenho, escultura e medalhística, entre outras, e está representado em coleções nacionais e estrangeiras, particulares e públicas, nomeadamente no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, no Museu do Desporto e no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa.
O artista plástico tem esculturas de sua autoria no Parque Miraflores, nos arredores da capital portuguesa, comemorativas dos 250 anos do Concelho de Oeiras.
Espiga Pinto foi distinguido, entre outros, com o Prémio de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa, em 1987, e com o Prémio Coty, dos Estados Unidos, em 2000, pela “Melhor Moeda” (Comemorativa do Planeta Terra).
A lista de distinções do artista é longa e inclui, entre outros prémios, o Prémio Anual de Imprensa, da Casa da Imprensa, em 1970, o da Embaixada de Portugal, em Brasília, em 1973, pela criação de pavimentos, o Prémio de realização de escultura Marconi, em 1992. Em 2005, venceu o concurso europeu para o Troféu do 50.º aniversário das regatas de grandes veleiros em Antuérpia, e, em 2007, o 1.º Prémio pela moeda comemorativa da “Passarola”, de Bartolomeu de Gusmão.
Em 2010, a Galeria S. Mamede, em Lisboa, apresentou a exposição retrospetiva “Do meu início (1959-1966)”.
O sítio de arte pública da Câmara de Lisboa, na Internet, destaca a utilização de “elementos geométricos”, por Espiga Pinto, como uma continuidade, significando Mapas Memoriais, estudos que aprofundam a geometria. “Os seus trabalhos escultóricos, de inclinação figurativa, estão circunscritos a um clima alentejano, que vem da sua infância (…). Faz uma aplicação acertada entre uma figuração dos elementos compósitos e uma gramática inteiramente geométrica”.
Em Lisboa, na avenida Álvaro Pais, está patente a escultura em bronze “Mapa da memória inicial” (1992), que venceu o Prémio Marconi.
O artista foi professor de Desenho Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), em Lisboa, de 1979 a 1987, foi membro da Academia Nacional de Belas Artes e sócio da Federação Internacional da Medalha.
Espiga Pinto de 74 anos, morreu em 1º de outubro de 2014 na cidade do Porto.
(Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura – 4156413 – CULTURA – 01.10.2014)