ESTAÇÕES ESPACIAIS

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A conquista dos demais planetas do sistema solar exige várias etapas intermediárias. Estados Unidos e União Soviética investem em programas de vôos automáticos não-tripulados e na construção de estações e laboratórios espaciais. As sondas exploratórias são aperfeiçoadas para viajar aos planetas exteriores e alcançar os limites do sistema solar. Para muitos pesquisadores, a construção de uma base permanente para o homem no espaço – as estações espaciais – é muito mais importante do que a conquista da Lua. Lançadas por foguetes e planejadas para permanecer longo período no espaço, as estações são engenhos que não dispõem de meios de propulsão próprios e autônomos. As atuais são orbitais, ou seja, permanecem na órbita da Terra como um satélite artificial e são usadas para diferentes tipos de pesquisa. No futuro, podem servir de base intermediári a para vôos tripulados mais longos. Os cientistas também sonham em construir estações espaciais em outros corpos celestes, como na Lua ou em Marte.Salyut e Mir – Em 19 de abril de 1971 os soviéticos lançam sua primeira estação orbital, a Salyut. Dividida em três compartimentos, tem 14 m de comprimento, 4,2 m de diâmetro e pesa quase 19 t. Cinco dias após seu lançamento, a nave Soyuz 10, com três astronautas, realiza a primeira operação de acoplamento à estação. Os soviéticos lançam mais cinco estações da linha Salyut. Realizam vários tipos de pesquisas: meteorológicas, físicas, químicas, biológicas, astronômicas, além do teste de novas matérias-primas e medicamentos, muitas com grandes repercussões na indústria. Em fevereiro de 1986 lançam a primeira estação orbital permanente, a Mir. Em 1987 e 1988 os astronautas Vladimir Titov e Musa Manarov ficam 366 dias na Mir e batem todos os recordes de permanência no espaço.
Skylab – Primeira geração de estações orbitais americanas, a Skylab é construída a partir de adaptações feitas em um dos estágios dos foguetes de lançamento Saturno. Com 407 m³, peso de 83 t e um diâmetro de 6,55 m na área de pesquisa, a Skylab compreende quatro módulos: um para acoplagens múltiplas, outro para a montagem de telescópios, um terceiro com área de trabalho e alojamento e um quarto, chamado módulo estanque, de ligação entre a área de atracamento e a de trabalho. Colocada em órbita a 485 km de altitude em 14 de maio de 1973, é ativada da Terra e sua primeira equipe de pesquisa chega a bordo de uma nave Apollo no dia 25 de maio. Planejada para uma missão de 144 dias, a estação permanece em órbita até julho de 1979, quando cai na Austrália.
Ônibus espaciais – As primeiras viagens entre a Terra e as estações orbitais são feitas por foguetes e naves da linha Apollo ou Soyuz. Mais tarde, eles são substituídos pelos chamados ônibus espaciais – naves maiores, que partem como foguetes e aterrissam como aviões, capazes de fazer repetidas viagens entre a Terra e o espaço, e levar uma tripulação mais numerosa. Os Estados Unidos inauguram seu projeto de ônibus espaciais (programa Space Shuttles) na década de 80. O primeiro, a nave Columbia, é lançado em abril de 1981. Depois vêm os modelos Challenger, Discovery e Atlantis.
Challenger – Dia 26 de janeiro de 1986, o ônibus espacial Challenger explode ao partir para sua décima missão (a 25a viagem de um ônibus espacial) e os sete tripulantes morrem. A tragédia, transmitida via satélite, traumatiza os americanos. O programa, interrompido por dois anos e meio, é retomado em 29 de setembro de 1988 com o ônibus espacial Discovery .

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