Fernando Pessoa (1888-1935), escritor português.

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A depressão impulsiona a criatividade – Ao longo da História, gênios realizaram suas grandes obras em estado de extremo tormento. Descobriu-se recentemente a ligação entre a depressão e a criação. Os criadores, quando estão deprimidos, são capazes de grande feitos. É nessa hora que eles produzem menos e com maior qualidade – e alcançam a maestria.

Ludwig Van Beethoven (1770-1827)
Um dos maiores gênios musicais da História, o compositor erudito alemão era atormentado pela depressão, agravada por seu problema de surdez e por amores impossíveis que colecionava.

Friedrich Nietzsche (1844-1900)
O filósofo alemão era depressivo e suicida. Aos 40 anos, teve crises de loucura, sendo internado em um sanatório. A doença não o abandonou até a morte.

Vincent Van Gogh (1853-1890)
O pintor holandês sofreu de depressão durante toda a vida. Expressava seu desequilíbrio nas pinceladas irregulares e cores sombrias que marcaram algumas de suas fases. Matou-se com um tiro no peito.

Edvard Munch (1863-1944)
Sofreu de depressão e foi internado em um sanatório. Chegou a dizer que sua saúde mental era a catalisadora de sua pintura. O quadro O Grito é um ícone do expressionismo.

Alberto Santos Dumont (1873-1932)
Suspeitou-se que o aviador tivesse esclerose múltipla ou depressão profunda. Mas ele sofria de bipolaridade. Os transtornos constantes o levaram a cometer suicídio.

Fernando Pessoa (1888-1935)
Triste e melancólico na vida e na obra, o escritor português multiplicou seu “eu” em diversas personalidades literárias. O Livro do Desassossego é o retrato dessa depressão. Entregou-se a bebida e morreu de complicações hepáticas.

Clarisse Lispector (1920-1977)
No fim da década de 60, com o filho doente de esquizofrenia e em dificuldades financeiras, a escritora caiu em depressão. A melancolia se reflete em seus escritos.

João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
O escritor pernambucano, autor de Morte e Vida Severina, sofria de uma doença degenerativa que lhe causava depressão. Era atormentado por uma constante dor de cabeça e sua segunda mulher, Marly, o ajudava a escrever.

Woody Allen (1935- )
Em 2005, o diretor americano deu entrevistas dizendo que fez mais de 30 filmes como uma forma de “distração” contra uma forte depressão que tem desde muito jovem.

Janis Joplin (1943-1970)
A cantora americana de blues sofria de depressão desde a adolescência, quando foi alvo de piadas dos colegas. Dizia que cantar era sua salvação. Bebia muito. Morreu por overdose de heroína.

Jim Morrison (1943-1971)
O vocalista do grupo The Doors vivia em depressão, o que se refletia em suas letras. Era fã de Nietzsche. Nos shows, bebia e xingava a platéia.
Quando soube da morte de Janis Joplin, disse que seria o próximo. Foi encontrado morto numa banheira, em Paris.

Elis Regina (1945-1982)
Sofria de bipolaridade, alternando depressão e euforia. A maior intérprete da música brasileira morreu de overdose de cocaína com álcool.

(Fonte: Época – N° 511 – 3 de Março 2008 – Editora Globo – Saúde & Bem-Estar – David Cohen, Amauri Segalla, Kátia Mello e Martha Mendonça – Pág; 84 a 91)

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