Para a história, deixa participações em programas como “Zip Zip” ou a “Visita da Cornélia”.
Fialho Gouveia (Montijo, 30 de abril de 1935 Lisboa, 2 de outubro de 2004), foi um apresentador de televisão e locutor português.
Fialho Gouveia foi uma referência da rádio, da televisão e um campeão da generosidade e da franqueza. Um dos mais carismáticos apresentadores de televisão.
José Fialho Gouveia era uma das vozes mais populares da rádio antes de integrar a equipe que iniciou a televisão em Portugal.
À televisão, José Fialho Gouveia devotou a sua vida desde 1957 até esta dele se esquecer.
PERFIL
Contar a história de Fialho Gouveia é recontar a história da televisão. O percurso de uma vida mistura-se nas imagens, que começaram a preto e branco e foram ganhando cor. Mudou-se o panorama, nasceram outras televisões e Fialho manteve-se sempre fiel à sua casa a RTP.
Como locutor ou apresentador, Fialho fazia
e bem. E a imagem que passava para a casa dos portugueses era plena de tranquilidade e ternura.
Começou na RTP no mesmo dia em que se assinala o arranque da televisão em Portugal 7 de Março de 1957 ainda o ecrã se vestia a preto e branco.
Foi o primeiro apresentador de concursos como “O Gesto é Tudo” e “Terra a Terra Minha Gente” mas é no saudoso “Zip Zip”, o primeiro “talk show” da TV portuguesa que pensou e dividiu com os colegas e amigos Raúl Solnado e Carlos Cruz, que começa a demarcar o seu estilo e profissionalismo.
Mas foi no primeiro dia da liberdade que Fialho entrou pelas nossas casas num momento inolvidável que levará, para sempre, a sua assinatura. O primeiro “Telejornal” do 25 de Abril de 1974 foi lido ao som da sua voz – e de Fernando Balsinha (1947-2003), – num registo de profissionalismo que escondia a tensão de todos os momentos que antecederam aqueles minutos em que se noticiava o nascimento de uma nova era – a democracia.
Foi na apresentação de concursos que Fialho se notabilizou ao longo das várias décadas. São os casos de “Gente Nova”, “A Visita da Cornélia”, “Par ou Ímpar”, “Filha da Cornélia” ou “Entre Famílias”.
Nos últimos tempos, apesar de mais à margem do quadradinho que ajudou a “desenhar”, a televisão, o apresentador não deixou de mostrar a sua solidariedade e convicção na defesa do amigo Carlos Cruz, no caso Casa Pia. As últimas aparições em público, fê-las ao lado de Raquel Cruz, sempre forte e confiante na inocência do ex-colega.
A televisão filmou-o, até mesmo nestes eventos – em que não era protagonista – como sempre foi, enquanto apresentador: confiante, sóbrio e amigo.
O locutor José Fialho Gouveia trazia o 25 de Abril na alma. No 25 de Abril de 1974, José Fialho Gouveia esteve de serviço e foi um dos rostos, ao lado de Fernando Balsinha, que apresentou os serviços noticiosos desse dia na RTP Memória.
Fialho Gouveia ficou ligado ao início das emissões televisivas em Portugal e a programas de sucesso como os de variedades musicais, “Zip-Zip”, “O gesto é tudo”, “A visita da Cornélia”, “E o resto são cantigas” ou “Jogos sem Fronteiras”.
José Fialho Gouveia, natural do Montijo, faleceu aos 69 anos, em 2 outubro de 2004, em Coimbra mas o seu legado permanece, humano e profissional.
(Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/Noticia – Última Hora – 8 de Agosto de 2009)
(Fonte: http://www.ionline.pt/artigos/portugal/autora- PORTUGAL – Por Agência Lusa – publicado em 18 Abr 2013)
(Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade – Por:Francisco Pedro / João Henriques (Leiria) com Lusa / Sofia Canelas de Castro – 03 de Outubro de 2004)