Flávio Migliacci, estrela das novelas brasileiras que se consagrou tanto no teatro como na televisão

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Foi estrela das novelas brasileiras

 

Fernanda Torres, Flavio Migliaccio e Andrea Beltrão (Foto: Globo/ Estevam Avellar)

 

O ator, que participou de mais de 30 novelas e minisséries, deixa um legado de alegria e de leveza.

 

 

Flávio Migliaccio (São Paulo, no bairro do Brás, 15 de outubro de 1954 – Rio Bonito, 4 de maio de 2020), ator brasileiro que se consagrou tanto no teatro como na televisão, foi um dos atores mais queridos e mais talentosos do Brasil. Muito conceituado no meio artístico, ao longo de sua carreira Fávio teve grandes destaque nas novelas da Rede Globo como ‘Rainha da Sucata’, ‘Perigosas Peruas’, ‘A Próxima Vítima’, ‘Senhora do Destino’ e ‘Passione’, entre muitas outros projetos.

 

Criado numa família humilde de 16 irmãos, na cidade de São Paulo, Flávio, ainda garoto, queria ser padre e dizia ter sido expulso do seminário por não aceitar o assédio de sacerdotes. “Fiquei traumatizado”.

Por um período, Flávio precisou trabalhar como engraxate para colocar comida em casa.

 

 

TEATRO

 

Paulistano do Brás, Flávio Gomes Migliaccio começou a carreira no Teatro de Arena em 1954, fez o curso de teatro do italiano Ruggero Jacobbi. Ao final, foi encaminhado para o grupo amador Teatro Paulista do Estudante. Sua profissionalização se deu com o Teatro de Arena, participando de peças como A Revolução na América do Sul, de Augusto BoalEles não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho.

 

Nos anos 1960, participou de filmes com “Terra em Transe”, de Glauber Rocha.

Foi convidado a trabalhar na TV Globo em 1972. Ao lado do ator Paulo José, formou uma dupla de mecânicos atrapalhados na novela ao interpretar Xerife em “Primeiro Amor” (Globo, 1972). O sucesso foi tanto que os personagens ganharam um seriado próprio. A oficina ambulante de “Shazan, Xerife e Cia.” (1972) marcou época.
Logo depois, ele criou o personagem “Tio Maneco”, que rendeu mais produções na TV e vários filmes no cinema.

Nascido em 15 de outubro de 1954 em São Paulo, no bairro do Brás, ele começou a se dedicar à profissão de ator trabalhando em peças de teatro na periferia da capital paulista. Mesmo participando de grupos de teatro, ele teve que trabalhar como balconista e mecânico, para complementar a renda. Foi só em 1954, após realizar o curso do diretor italiano Ruggero Jacobbi, que Flávio se profissionalizou no Teatro de Arena.

 

Seu primeiro papel, inclusive, foi o de um cadáver, na peça Julgue Você: – Quando cheguei ao Teatro de Arena, Zé Renato quis fazer um teste comigo. Fui aprovado e, todo contente, perguntei qual papel iria fazer. Ele falou: De morto. Eu não morria em cena, não. Quando acendiam as luzes, eu já estava morto. Eu nem teria aquele famoso morri em cena. Mas fiz esse papel com tanta determinação que tinha que dar certo. Outro poderia ter desistido da profissão com esse papel. E ainda tinha pulga no Teatro Arena, disse, em entrevista.

 

Na Rede Globo, Flávio Migliaccio participou em dezenas de  novelas, como “Rainha da Sucata”, “Perigosas Peruas”, “A Próxima Vítima”, “Vila Madalena” ou “Senhora do Destino”.

Foi destaque no programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares.

Foram 66 anos de uma carreira marcada por personagens populares e divertidos. Flávio Migliaccio, que, além de ator, foi roteirista e diretor, participou de mais de 30 novelas e minisséries, e deixa um legado de alegria e leveza.

O último trabalho do artista na TV foi em 2019, em ‘Órfãos da Terra’, onde ele fazia o Mamede Aud, papel que o consagrou com o prêmio de melhor ator pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

 

Em 2020, ele ainda teve a chance de ser visto como o violinista Fego Camargo, pai de Hebe Camargo, na minissérie Hebe, gravada no ano passado.

 

Entre 2011 e 2015, o ator interpretou um de seus mais carismáticos papéis, o Seu Chalita, na série Tapas e Beijos, na Globo.

 

 

Flávio Migliaccio como Seu Chalita em Tapas & Beijos (Foto: Globo/ Matheus Cabral)

 

Além do filho, Marcello, do casamento com a mulher, Yvonne. Ele era irmão da atriz Dirce Migliaccio, a Emília de Sítio do Picapau Amarelo (Globo, 1977), falecida em 2009.

 

Flávio Migliaccio faleceu dia 4 de maio de 2020, aos 85 anos de idade. O ator foi encontrado morto em seu sítio, em Rio Bonito (RJ).

Flávio Migliaccio tinha 85 anos e morreu no sítio dele em Rio Bonito, no interior do estado do Rio. Segundo a Polícia Militar, a causa da morte foi suicídio.

“Eu era louca pelo Tio Maneco e eu tive a sorte de trabalhar com ele durante cinco anos no ‘Tapas e Beijos’, ele fazendo Seu Chalita”, lembrou a atriz Fernanda Torres.

“Vou sentir muita saudade, muita falta. Falta também do humor que ele possuía. Essa era uma característica do Flávio Migliaccio, o humor”, disse a atriz Nicete Bruno.

“A gente sente ainda mais uma pessoa que era divertida, era alegre, era gostoso trabalhar com ele”, afirmou o ator Mário Mendonça.

“Eu queria aproveitar essa oportunidade para agradecer a você, meu grande amigo, tudo o que você fez pelo teatro, pelo cinema, pela televisão. Vá com Deus”, disse o ator Ary Fontoura.

(Fonte: https://mag.sapo.pt/tv/atualidade-tv/artigos – TV / ATUALIDADE – 4 MAI 20200)
(Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/05/04 – JORNAL NACIONAL / NOTÍCIA / Por Jornal Nacional – 04/05/2020)
(Fonte: https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2020/05 – QUEM NEWS / NOTÍCIA / BEATRIZ BOURROUL – 04 MAI 2020)
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