Foi a primeira fotojornalista brasileira

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Hildegrand Rosenthal foi uma piorneira do fotojornalismo no Brasil.

Hildegard Rosenthal (Zurique, Suíça 1913 – São Paulo SP, 1990), foi a primeira fotojornalista brasileira

Hildegrand Rosenthal foi uma piorneira do fotojornalismo no Brasil. Nascida em Zurique em 1913, vivu e estudou na Alemanha e passou dois anos na França. Em 1937, com a acensão do nazismo, foi para o Brasil e trabalhou para a imprensa brasileira e estrangeira.

A alemã Hildegard Rosenthal, foi uma das pioneiras do fotojornalismo brasileiro. (Foto: http://madalenacei.com.br/o-blog/hildergard-rosenthal)

A alemã Hildegard Rosenthal, foi uma das pioneiras do fotojornalismo brasileiro. (Foto: http://madalenacei.com.br/o-blog/hildergard-rosenthal)

Nascida em Zurique, Hildegard viveu na Alemanha e na França antes de fugir do nazismo e aportar em terras brasileiras, em 1937. A partir daí começou a produzir reportagens sobre o Brasil para veículos estrangeiros e locais, reunindo um acervo de 3 mil negativos que hoje pertencem ao Instituto Moreira Sales (IMS).

A fotógrafa viveu um momento importante para a fotografia moderna, entre os anos 20 e 30, quando houve a introdução da câmera de pequeno formato, como as da marca Leica.

No final dos anos 30, Hildegard começou a produzir reportagens sobre o Brasil para veículos estrangeiros e locais. Ela fotografou a cidade de São Paulo e outras regiões do país com a visão de quem dominava a técnica e tinha formação influenciada pela Bauhaus, escola alemã de design, artes plásticas, fotografia e arquitetura.

Em Frankfurt, Hildegard foi aluna de Paul Woff, médico que nunca exerceu a profissão porque acabou se dedicando à fotografia integralmente e cuja própria agência fotográfica prosperou durante o regime nazista. As fotos de Hildegard tinham grande teor autoral e documental e, como contratada da agência Press Information, preenchia as páginas dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã, a Cigarra, entre outros.

Café na Estação da Luz, São Paulo – década de 40. (Hildegard Rosenthal/Instituto Moreira Salles)

Café na Estação da Luz, São Paulo – década de 40. (Hildegard Rosenthal/Instituto Moreira Salles)

Na década de 1940, em plena expansão populacional e industrial que transformaria a capital paulista numa metrópole, São Paulo foi documentada pela fotógrafa suíça Hildegard Rosenthal.

Rosenthal chegou ao Brasil em 1937, fugindo do nazismo. Em São Paulo, se tornaria uma das primeiras fotojornalistas da impressa nacional, realizando reportagens para veículos estrangeiros e nacionais, como os jornais O Estado de S. Paulo e Folha da Manhã.

Junto com os fotógrafos Militão Augusto de Azevedo (1837-1905), Guilherme Gaensly (1843-1928) e Aurelio Becherini (1879-1939), Hildegard Rosenthal construiu a memória fotográfica da São Paulo “antiga”.

A alemã Hildegard Rosenthal, uma das pioneiras do fotojornalismo brasileiro, deixou um acervo composto por cerca de 3.400 negativos – adquiridos pelo Instituto Moreira Salles em dezembro de 1996 – em que se destacam cenas urbanas de São Paulo nos anos 1930 e 1940, período em que a cidade passava por vertiginoso crescimento, tanto material quanto cultural. Hildegard congelou no tempo uma metrópole moderna e atarefada que, no entanto, seu olhar fascinado por tipos e personagens tratava de humanizar. “A fotografia, quando não tem uma pessoa, não me interessa”, declarou em depoimento ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo, em 1981.

Em suas fotos da cidade que se desenvolve, aparecem o Mercado Central, o estádio do Pacaembu, a Biblioteca Municipal, o túnel sob o parque Trianon e o então novo viaduto do Chá. Também conseguiu fotos raras de artistas, como Lasar Segall trabalhando – ele não gostava de ser fotografado em seu estúdio –, o escritor Jorge Amado, o humorista Aparício Torelly (Barão de Itararé) e o desenhista Belmonte. Suas imagens procuravam capturar o artista no momento da criação, o que tem a ver com o espírito de reportagem que a fotógrafa sempre carregou.

Nascida por acaso em Zurique, na Suíça, onde seus pais se encontravam de passagem, mas registrada em Frankfurt, Hildegard Baum (seu nome de solteira) viveu na grande cidade alemã até o início da idade adulta. Formada em pedagogia, teve, porém, uma revelação precoce de seu talento como fotógrafa em 1929, ao vencer o concurso promovido pelo jornal Neue Freie (atual Die Press) com o retrato de um menino – prenúncio de sua eterna atração pelo tema da infância.

Depois de uma temporada em Paris, voltou à Alemanha e estudou fotografia com Paul Wolff, especialista na câmera Leica, além de técnicas de laboratório no Instituto Gaedel. O curso marcou a carreira de Hildegard. “O cavalo de batalha dele era a luz”, disse ela. “Era um homem muito importante. Eu sempre me espantei com o fato de aqui ninguém o conhecer”.

Foto de Hildegard Rosenthal (www.fcci.art.br)

Foto de Hildegard Rosenthal (www.fcci.art.br)

Hildegard não era judia, mas seu namorado, Walter Rosenthal, sim. Isso os levou a, em 1937, trocar a Alemanha pelo Brasil, onde se casaram. Após poucos meses trabalhando numa empresa chamada Kosmos Foto, como orientadora de serviços laboratoriais, a fotógrafa foi contratada por uma pequena e recém-criada agência de notícias, a Press Information, passando a publicar suas imagens em órgãos da imprensa nacional e estrangeira.

Após encerrar sua carreira como fotojornalista, em 1948, Hildegard Rosenthal passou a fotografar apenas por prazer e elegeu as crianças como tema. Meninas japonesas fotografadas no bairro da Liberdade, engraxates e pequenos jornaleiros se destacam em suas fotos. Em 1959, depois da morte do marido, Hildegard assumiu a direção da empresa da família.

Do lado de fora do Estádio do Pacaembu. São Paulo, SP. 1941. (blogs.estadao.com.br)

Do lado de fora do Estádio do Pacaembu. São Paulo, SP. 1941. (blogs.estadao.com.br)

Sua obra permaneceu em relativa obscuridade até 1974, quando o historiador da arte Walter Zanini organizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. No ano seguinte, a exposição Memória paulista inaugurava o Museu da Imagem e do Som na cidade.

Em 1977, Hildegard ganhou o prêmio de melhor fotógrafa na XIV Bienal Internacional de São Paulo. “É indiscutível que Hildegard Rosenthal inaugura um estilo de fotorreportagem no país”, escreveu o historiador da fotografia Boris Kossoy no catálogo da exposição Cenas urbanas, organizada pelo IMS.

Morreu no Brasil em 1990.

(Fonte: http://www.ims.com.br/ims/explore/artista/hildegard-rosenthal – explore/ artistas e autores/ Hildegard Rosenthal – PERFIL)

(Fonte: http://especiais.g1.globo.com/pop-arte/2015/fotografia-brasileira-em-30-imagens – DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA – 19/08/2015)

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/mulheres/a-sao-paulo-de-hildegard-rosenthal – MULHERES – A São Paulo de Hildegard Rosenthal/ Por Alexandre Belém – 24/01/2012)

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