Foi a primeira representante do antigo Distrito Federal, atual Rio de Janeiro, a ser coroada Miss Brasil, num concurso realizado em 1958 no próprio Rio de Janeiro.
Ela também ficou em segundo lugar no concurso Miss Universo.
Carioca também foi modelo, atriz e apresentadora de televisão.
Adalgisa Colombo (Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1940 – Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2013), símbolo de elegância, misturada a uma boa dose de ousadia, Adalgisa Colombo, Miss Brasil 1958, manteve a aura do título em toda sua vida. A moça, que cresceu em Botafogo e foi educada no Liceu Francês de Laranjeiras, era habitué de concursos de beleza e dos desfiles da Casa Canadá desde os 15 anos. Antes de se sagrar Miss Brasil como candidata do Distrito Federal feito alcançado aos 18 anos ela havia sido a Miss Botafogo. No concurso de 1958, ela desbancou as concorrentes do resto do país com uma ousadia que entrou para a história da disputa: depois de ter as pernas cobertas por pancake pelo maquiador do Miss Brasil, como as demais candidatas, ela correu ao banheiro, tirou tudo e se cobriu de óleo, dando à pele um brilho sensual nunca antes visto pelo júri.
Aquilo foi como um anúncio da mulher sensual que entraria nas passarelas nos anos 60, mais ousada e decidida. O Miss Brasil sempre foi modelo de mulher careta. Adalgisa foi a primeira não careta da história. E a primeira a desfilar com óleo. Ela tinha uma postura de modelo, um desfile mais agressivo. E Adalgisa era de uma classe média moderna. Tinha um nível intelectual diferente das outras misses conta o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, autor do livro Feliz 1958 – O ano que não devia terminar, em que dedicou um capítulo ao título de Adalgisa no Miss Brasil.
No Maracanãzinho lotado, Adalgisa recebeu a coroa das mãos de Therezinha Pittigliani, Miss Brasil 1957, de quem se tornou amiga.
Ela deixa várias memórias boas. Foi uma pessoa muito amiga e alegre. Não se queixava de nada. Gostava de cozinhar, fazia um bacalhau divino. Sua nora está grávida e ela estava muito animada para se tornar avó conta Therezinha.
Depois de se tornar Miss Brasil, a modelo foi recebida pelo presidente Juscelino Kubitschek e beijou Bellini, capitão da seleção brasileira, para pôsteres do campeonato mundial. Com o título, ela foi disputar o Miss Universo, em Long Beach, nos Estados Unidos, mas ficou em segundo lugar, atrás da candidata colombiana, para felicidade de Jackson Flores, com quem se casaria pouco depois em Nova Iorque, abdicando da coroa de miss. O casal teve um filho e viveu na cidade americana por 14 anos.
O segundo casamento de Adalgisa foi com o empresário Flávio Teruszkin. Depois da união, ela se converteu ao judaísmo, religião do marido, com quem morava numa casa no Joá. No final dos anos 80, o casal, que adotou dois filhos, se mudou para Portugal, fugindo da onda de sequestros no Rio. A modelo criou ainda a filha de sua única irmã, que morreu aos 29 anos com problemas cardíacos. Adalgisa trabalhou na Rádio Globo e na TV Rio, além de ter sido garota propaganda de produtos como o cigarro Charm, numa época em que fumar era símbolo de elegância. Apesar de dizer que detestava frequentar eventos como o Fashion Week, ela continuou sendo uma referência no mundo da moda e reproduzia aprendizados dos tempos da Casa Canadá. Um deles era jamais usar chapéu com cabelo solto. A eterna miss dizia: Essa combinação deixa qualquer mulher parecida com uma bruxa.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/rio- Fabíola Gerbase – Publicado:20/01/13)
Adalgisa Colombo. Ela foi eleita Miss Brasil em 1958. No mesmo ano, ficou em segundo lugar no concurso Miss Universo.
Em 1958, Adalgisa também venceu o concurso de Miss Distrito Federal (na época, o Rio de Janeiro era a capital do Brasil). O concurso de Miss Universo foi realizado nos EUA. Adalgisa Colombo ficou atrás apenas da colombiana Luz Marina Zuluaga.
Adalgisa foi um dos rostos femininos mais conhecidos da época no Brasil, com frequência em capas das revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”.
Em 1956, antes do concurso de miss e ainda aos 16 anos, Adalgisa atuou no filme “Com água na boca”, comédia musical do diretor iugoslavo radicado no Brasil J. B. Tanko, junto com os atores Older Cazarré e Costinha.
Menos de um ano depois de conquistar a coroa de miss, Adalgisa se casou e se mudou para os Estados Unidos – para isso abdicou do título, apenas para mulheres solteiras. Ela morou nos Estados Unidos por 14 anos.
Após voltar ao país, ela trabalhou como modelo e apresentadora da extinta TV Rio. Ela trabalhou no musical “Rio Hit Parade” e principalmente em programas femininos.
Em 2009, quando era uma das juradas do concurso de Miss Brasil, ela falou sobre a perda de popularidade dos títulos de miss em relação à carreira de modelo entre as mulheres atualmente.
Hoje em dia nem toda moça quer ser miss, elas querem ser modelo, porque ganha mais e nem precisa ter um rosto bonito. Mas a top não se mostra, mostra a roupa. Para ela se destacar, precisa ter um tipo diferente. Já a miss tem que ter um perfil clássico de beleza”, disse Adalgisa.
A ex-miss Brasil também falou com humildade sobre o título que já recebeu: Ter uma coroa na cabeça não quer dizer necessariamente que você é a mulher mais bonita do Brasil. Isso é balela.”
Adalgisa morreu no Rio de Janeiro na sexta-feira (18), aos 73 anos.
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2013/01 – Pop & Arte – Do G1, em São Paulo – 20/01/2013)