Diretora do poderoso Grupo Clarín na Argentina
Ernestina Herrera de Noble (Buenos Aires, Argentina, 7 de junho de 1925 – 14 de junho de 2017), viúva de Roberto Noble, fundador do império da comunicação na Argentina, herdeira de um dos impérios da comunicação da Argentina e diretora do Grupo Clarín – um dos periódicos com maior tiragem da língua espanhola.
A viúva de Roberto Noble, fundador do Clarín – o jornal de maior tiragem da língua espanhola -, foi uma de suas personalidades mais destacadas dos últimos 50 anos.
Ernestina de Noble foi a primeira mulher à frente de um grupo importante de mídia. O Clarín se fortaleceu e se diversificou estabelecendo redes de TV, rádio, Internet, TV a cabo e, finalmente, telefonia móvel.
Noble integrou o Instituto de Imprensa Internacional e o Conselho do Museu Internacional de Televisão e Rádio, e foi a primeira editora latino-americana a integrar o Comitê Consultivo da UNESCO para a Liberdade de Imprensa.
Um dos seus maiores tropeços foi ter sido investigada pela justiça durante quase uma década a respeito da legitimidade da adoção de seus filhos.
A principal dúvida era se os até então menores seriam filhos de desaparecidos, sequestrados ao nascerem durante a ditadura (1976-1983).
Em dezembro de 2002, o então juiz federal Roberto Marquevich ordenou sua detenção por suposta falsificação de documentos públicos e rapto de menores.
A partir disso, ela passou três dias em cárcere até que obteve autorização para permanecer em prisão domiciliar, por causa da sua idade. Logo, a justiça a colocou em liberdade enquanto prosseguia com a investigação.
Foi finalmente liberada em janeiro de 2016, após as amostras de DNA de seus filhos adotivos darem negativo quando comparadas com os dados genéticos dos desaparecidos.
O acontecimento provocou comoção política em meio à batalha entre o governo de Cristina Kirchner (2007-2015) com o grupo que lidera o Clarín.
(Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios – NEGÓCIOS – Por AFP – 14 jun 2017)