Foi a primeira mulher assalariada da ciência
Cientista alemã Caroline Herschel, nascida em 16 de março de 1750, foi também a primeira mulher a receber uma medalha de outro da ‘Royal Astronomical Society’
Nascida neste mesmo 16 de março, em 1750, Caroline foi a primeira mulher a receber um prêmio da Royal Astronomical Society por sua contribuição para observações astronômicas e também pioneira ao receber salário por trabalhos científicos.
Aos 22 anos, Caroline deixou a Alemanha para viver na Inglaterra com o irmão, William Herschel – conhecido por descobrir Urano. Após conhecer e estudar astronomia sozinha, Caroline trabalhou como assistente de William na confecção de telescópios, conciliando a ciência com tarefas domésticas. O irmão começou então a trabalhar como astrônomo da Coroa britânica e, na função de sua assistente, Caroline passou a receber um salário anual em 1976, por ordem do Rei George III.
Reconhecimento – O século XVIII foi uma época de grandes descobertas astronômicas, dado o aprimoramento dos telescópios. Em meio a elas, os irmãos Herschel se especializaram em encontrar estrelas e nebulosas (nuvens de gás que formam estrelas). Em 1798 Caroline publicou um catálogo de estrelas na Royal Society, atualizando o trabalho do astrônomo John Flamsteed.
A pesquisadora se tornou a primeira mulher homenageada pela Royal Society em 1828, recebendo uma medalha de ouro da Royal Astronomical Society. Em 1835, Caroline se tornou membro oficial da academia e, após três anos, entrou para a Royal Irish Academy. Um ano antes de falecer, a astrônoma recebeu uma medalha de ouro do Rei da Prússia.
Em sua carreira, Caroline descobriu oito cometas. A maior descoberta da cientista ocorreu em 1788, quando deu nome ao cometa 35P/Herschel-Rigollet, que aparece a cada 155 anos. Outra homenagem à astrônoma é a chamada C Herschel, uma cratera na superfície da Lua.
Após a morte do irmão, Caroline voltou à Alemanha, onde continuou suas observações com John Herschel, seu sobrinho. John ficou conhecido por descobrir sete luas de Saturno e quatro luas de Urano. A cientista viveu até os 97 anos e a casa onde ela e seu irmão viveram na Inglaterra abriga hoje o Museu Herschel de Astronomia.
(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia – NOTÍCIA – CIÊNCIA – 16/03/2016)
(Da redação)