William F. Buckley (Nova York, 24 de novembro de 1925 – Stamford, Connecticut, 27 de fevereiro de 2008), polêmico escritor e comentarista, intelectual espirituoso e aristocrático que ajudou a fundar o movimento conservador moderno na política dos Estados Unidos.
Era considerado um dos pais do movimento conservador norte-americano e conhecido por suas críticas abertas ao liberalismo, assim como por seu sarcasmo e sua fama de “bon vivant”.
Nascido em 24 de novembro de 1925 em Nova York, Buckley foi o sexto de dez filhos de uma família de multimilionários com negócios petrolíferos em sete países. O escritor passou parte de sua infância na França e Inglaterra.
Destacou-se por seu dinamismo profissional, foi redator, colunista, romancista, estrela de televisão e fundador da primeira revista conservadora dos Estados Unidos.
Buckley fundou em 1955, a revista National Review.
Para muitos, Buckley influenciou posições do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan. Ele foi uma das vozes mais destacadas do movimento político conservador que ajudou a colocar um republicano na Casa Branca em sete das últimas dez eleições presidenciais.
“Grande homem, grande líder. Grande conservador que estava à frente de seu tempo, espirituoso e bem articulado”, disse o senador John McCain, o provável candidato republicano à presidência dos EUA em 2008.
Buckley, que misturava anticomunismo e visões tradicionais sobre questões sociais como o aborto em suas posições, conquistou o pensamento conservador norte-americano.
Ele apresentava suas opiniões num tom charmoso e erudito que fez dele um herói da direita política. No entanto, setores da esquerda o consideravam presunçoso e empolado.
O falecido historiador Arthur Schlesinger Jr. descreveu William Buckley como “o grande flagelo do liberalismo” –opinião que teria agradado muitíssimo a Buckley.
“É muito simples: sem Buckley não haveria movimento conservador”, disse Fowler. “Ele criou o movimento conservador.
Acho que ninguém mais possui o charme e o talento para convencer com seus argumentos. É uma realização monumental. Ele criou um grande movimento político que moldou profundamente os EUA e o mundo.”
Buckley ocupava o cargo de editor executivo da National Review e escreveu mais de 40 livros, incluindo o recém-publicado “Let Us Talk of Many Things: The Collected Speeches” (Falemos de muitas coisas – Coletânea de discursos) e o romance “Elvis in the Morning”.
William F. Buckley morreu em 27 de fevereiro de 2008. Ele tinha 82 anos, de enfisema ao longo do último ano, enquanto escrevia na sala de trabalho de sua casa em Stamford, Connecticut.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – Notícias > Cultura/ Por DANIEL TROTTA – REUTERS – 27 de fevereiro de 2008)