O Mercator chamou os Atlas o conjunto de lâminas cartográficas que fez editar em 1569, desde aqueles tempos qualquer série de mapas passou a receber esse nome.
Seu pai era um granjeiro como também sapateiro remendão da pequena Rupelmonde, na Bélgica de hoje. O destino aproximou do seu tio acadêmico bem-sucedido, com o nome latino Gerardus Mercator Rupelmundanus, o efeito de graduar-se na Universidade de Lovaine.
Hábil em lidar e construir compassos, réguas e esquadros, Mercator logo guindou à posição de assistentes do grande matemático Gemma Frisius. Sua consagração definitiva veio com o fornecimento de um conjunto de mapas terrestre e celeste ao Imperador Carlos V, detentor do trono da Espanha e de boa parte da Europa.
Em 1552, Mercator decidiu exilar-se na cidade alemã de Duisburg onde encontrou a paz necessária para levar adiante o que chamou de Projeção Mercator, uma autêntica revolução no campo da cartografia, apresentada em 1569.
A projeção realizada nada menos que a quadratura do círculo, isto é, transformava a esfera terrestre num plano retangular. O cartógrafo Mercator morreu em 1594, sem usufruir os lucros do seu trabalho. Quem realmente conseguiu ganhar dinheiro com o primeiro Atlas foi um certo Jodocus Hondius, que adquiriu as lâminas dos herdeiros do autor e publicou 30 edições dele entre 1606 a 1640.
(FONTE: Super Interessante – Edição Nº 180 – setembro 2002 – pág; 30)