Samuel R. Delany é o 1º autor LGBT+ e negro super premiado da História
(© Creative Commons/Reprodução)
Samuel Ray Delany Jr. é um dos mais aclamados autores de ficção especulativa da nossa geração. Delany é um intelectual afro-estadunidense, crítico literário, professor e autor de literatura LGBT+ e de ficção científica. Neste último gênero, ele foi o primeiro autor negro a receber as mais altas honrarias, como o Prêmio Nebula e o Prêmio Hugo – um deles pelo romance Babel-17, que foi publicado em conjunto com Estrela Imperial, como o autor sempre quis e desejou.
Em 1997, Samuel ganhou o Prêmio Kessler e, daí em diante, vários outros, como seu terceiro prêmio J. Lloyd Eaton pelo conjunto de sua obra em ficção científica em 2010.
E não para por aí.
Em 2013, além de ter sido nomeado o 30º Grande Mestre pelos Escritores de Ficção Científica da América, Delany também ganhou o prêmio Brudner da Universidade Yale, por suas contribuições à literatura gay. Em 2021, o autor recebeu o Prêmio Anisfield-Wolf. E, voltando para 2002, Samuel foi introduzido no Science Fiction and Fantasy Hall of Fame (Hall da Fama de Ficção Científica e Fantasia).
As críticas, memórias e ensaios sobre literatura, sexualidade e sociedade de Delany são muito conhecidos no mundo acadêmico e suas palavras não só demonstraram maestria na literatura, crítica e história intelectual, como também engajaram-se em tópicos vitais de seu tempo. Samuel começou a escrever, ainda quando era adolescente, histórias de ficção científica e depois de alguns anos, se tornou professor na universidade Clarion, onde lecionou um workshop para escritores de Ficção Científica. Lá ele conheceu e se tornou amigo de longa data de Octavia Butler.
No início dos anos 60, Samuel se casou com a poeta Marilyn Hacker, sua amiga de escola com quem teve uma filha. O casamento durou 13 anos, e foi Marilyn que mandou o manuscrito do primeiro conto de Delany, The Jewels of Aptor, através de seu emprego na Ace Books. Suas últimas obras de ficção são Through the Valley of the Nest of Spiders, de 2012, e The Atheist in the Attic, de 2018.
O seu livro Nova de 1968 foi republicado em 2023 pela Editora Aleph. A obra tem uma visão futurística avançada, abordagem inteligente das questões raciais e culturais, além de uma narrativa envolvente e complexa.
(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/viagem/noticias – CAPRICHO/ VIAGEM/ NOTÍCIAS/ História por Roberta Gurriti – 29/07/23)