Lucien Clergue (Arles, França,14 de agosto de 1934 – Nîmes, França, 15 de novembro de 2014), fotógrafo francês, promotor da maior manifestação cultural dedicada à fotografia na Europa e amigo de Picasso e do guitarrista flamenco Manitas de Plata. Clergue lutou para que a fotografia fosse reconhecida como arte na França.
Autor de 800 mil registros, ele foi o primeiro fotógrafo a ingressar na academia francesa, em 2007. Desde 1958, publicou mais de 75 livros na França, nos Estados Unidos, no Japão, na Alemanha, na Itália, na Grã-Bretanha, na Espanha e no Canadá.
Foi dos poucos franceses a expor no Museu de Arte Moderna de Nova York, conhecido como MoMA, em 1961, quando o diretor do departamento de fotografia do museu comprou uma dezena de suas fotos. Clergue propôs ao curador Jean-Maurice Rouquette, do museu Réattu, em Arles (no sul da França, onde nasceu, em 14 de agosto de 1934), que criasse um departamento dedicado às fotos, pioneiro no país.
No entanto, sua maior obra é o festival de fotografia conhecido como Rencontres à Arles, criado no ano de 1969 em conjunto com Rouquette e o escritor Michel Tournier. Transformaram o festival local, dedicado inicialmente à música, em encontros com alusão à fotografia e a exposições de imagens nas ruas e também nas igrejas.
Rencontres à Arles contaram com a presença dos grandes nomes da área na época, dentre os quais o fotógrafo americano Ansel Adams. Além do pintor espanhol Pablo Picasso (1881 – 1973), Clergue era amigo de personalidades como o guitarrista flamenco Manitas de Plata (1921 – 2014), e do poeta, dramaturgo e cineasta Jean Cocteau (1889 – 1963).
Lucien Clergue morreu em 15 de novembro de 2014, aos 80 anos, em decorrência de uma doença que enfrentava havia anos.
(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – Nº 17.912 – TRIBUTO/ Por Jéssica Weber – 18 de novembro de 2014)
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/11 – POP & ARTE – Da France Presse – 15/11/2014)