André Adolphe Eugène Disdéri (Paris, 28 de março de 1819 – Nice, 4 de outubro de 1889), foi um fotógrafo francês
Foi um dos grandes representantes do retrato fotográfico popular de corte academista, um género onde se reúnem uma série de iniciativas artísticas que giram à volta da ideia de mostrar as qualidades físicas ou morais das pessoas que aparecem nas imagens fotográficas. A fotografia academista ficou, também, conhecida como fotografia artística ou pictorialista.
Teve um grande êxito comercial e um grande número de clientes que provocou queixas de outros fotógrafos que se viram obrigados a encerrar os seus estúdios. Idealizou um sistema para tornar as fotografias mais baratas, conhecido como carte-de-visite.
Numa só placa colocava vários retratos, utilizando-se assim menos produtos químicos, placas e tempo. As fotografias obtidas com este método eram mais pequenas e de tamanho semelhante ao de um cartão de visita. As fotografias eram mais econômicas o que fazia com que as pessoas mais humildes pudessem fazer fotografias, o que lhes dava a ilusão de terem subido socialmente.
Disdéri considerava-se um artista de carácter academista. Os seus retratos mostravam o ofício do retratado em detrimento da sua personalidade. Aparece, deste modo, o escritor rodeado de livros e papel e o pintor com seus pincéis e cavalete em pleno trabalho, o científico com seus instrumentos, etc.
Recorre à fotografia de corpo inteiro, esquecendo-se da sua cara para incluir todo o apetrecho Desta forma Disdéri retratava mais modelos do que pessoas. Era a maneira de conceber o retrato conforme o academicismo da época.
A partir de 1855 começa a retocar a cor das fotografias, de forma sistemática, para eliminar cicatrizes e outras imperfeições. Foi um dos primeiros a fazer fotografias de nus, com carácter erótico que teve grande êxito comercial. Acabou fazendo fotografia ambulante e morreu, em 1889 num sanatório, surdo e quase cego.
(Fonte: http://www.arcadja.com/auctions/pt)