Foi um dos primeiros a interessar-se e a valorizar o grupo da bossa-nova

Agostinho dos Santos (Bela Vista, São Paulo, 25 de abril de 1932 – Orly, Paris, 11 de julho de 1973), cantor e compositor paulista. Desgastado e esquecido porque se recusava a gravar músicas comerciais, o cantor Agostinho dos Santos viajava para Atenas em busca do sucesso que entre 1956 e 1960 lhe deu vários troféus, discos de ouro e um lugar importante nas paradas de sucessos.

Defenderia o Brasil na Olimpíada Internacional da Canção com a música “Paz sem Cor”, feita em parceria com sua filha Nanci, de dezenove anos.

Tendo começado como “calouro profissional”, Agostinho foi um dos primeiros a interessar-se e a valorizar o grupo da bossa-nova. No primeiro Movimento de Música Popular, no Carnegie Hall, em Nova York, foi o mais aplaudido e sua gravações foram consideradas fundamentais na promoção de compositores como Tom Jobim, Milton Nascimento e Marcos Valle.

Seu sucesso no exterior começou com a gravação da trilha sonora do filme “Orfeu do Carnaval”, a convite de Vinicius de Moraes.

Participou da apresentação de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York (1962).

Agostinho dos Santos faleceu em 11 de julho de 1973, aos 41 anos, na queda de um Boeing 707 da Varig, nas imediações do aeroporto de Orly, de Paris. Deixou três filhos em sua casa no bairro paulistano da Bela Vista, antigo Bexiga, onde nasceu e sempre morou.

(Fonte: Veja, 18 de julho de 1973 – Edição 254 – DATAS – Pág: 16/20)