John Peel (Heswall, Inglaterra, 30 de agosto de 1939 – Cuzco, Peru, 25 de outubro de 2004), jornalista musical, radialista e lendário DJ britânico. Responsável por revelar grandes nomes da música britânica, Peel comandou um programa de rádio por quase 40 anos na rede BBC.
Peel foi um dos apresentadores de rádio mais reverenciados da Grã-Bretanha. Seus programa na Radio 1 da BBC foi tido por mais de três décadas como um dos principais veículos para música nova no país.
Peel ganhou fama por seu ecletismo, tocando os mais variados gêneros em seu programa, e por ter ajudado a divulgar inúmeros artistas independentes.
Ele foi um dos primeiros radialistas na Grã-Bretanha a tocar gêneros como rock psicodélico, progressivo, punk, hip hop, reggae, death metal, dance music e indie rock.
O ecletismo de Peel se reflete na seleção dos primeiros 100 discos que foram divulgados em ordem alfabética pelo projeto The Space, organizado pelo John Peel Centre e que pretende ainda recriar o estúdio caseiro de Peel online.
Entre os artistas destacados na primeira leva estão Abba, ABC, AC/DC and Adam & The Ants. Os discos não serão disponibilizados online, mas as páginas têm links para outros sites em que os álbuns podem ser ouvidos.
A cada semana é listados discos diferentes, com as fichas que Peel criava para eles, contendo comentários e suas músicas favoritas de cada disco.
Na BBC, Peel foi um dos DJs que mais tempo permaneceu no ar, à frente da Radio 1, de 1967 até 2004. Sua vasta influência também foi observada nos Estados Unidos e no continente europeu, onde fãs podiam ouvir o seu programa no Serviço Mundial da BBC.
SÓ FALTARAM BEATLES E STONES…
As chamadas “Peel Sessions”, comandadas por ele, também marcaram época. O radialista convidava bandas para gravarem, nos estúdios da BBC, sessões exclusivas para o programa.
Peel costumava brincar dizendo que praticamente todo mundo passou por ali, exceto os Beatles e os Rolling Stones.
Entre os que ganharam “Peel Sessions” figuram nomes tão diversos como David Bowie, Captain Beefheart, Can, The Fall, The Jesus And Mary Chain, Joy Division, Bob Marley, The Smiths e White Stripes.
Ele costumava dizer que entre suas sessões favoritas estavam as da banda punk feminina The Slits e da de reggae Culture.
De acordo com Andrew Stringer, o diretor do John Peel Centre, “este é apenas o primeiro passo e um portal fantástico para fazer justiça à carreira de John Peel. Quer as pessoas escutassem seus programas ou não, a história ofical foi influenciada por ele, porque nada era considerado esquisito demais e ele estimulava as pessoas a ampliar seus horizontes”.
Stringer indaga: “Será que o movimento punk teria existido sem John? Eu duvido muito”.
Peel morreu em 2004, aos 65 anos, após sofrer um ataque cardíaco quando estava de férias em Cuzco, no Peru.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – DA BBC BRASIL – 1° de maio de 2012)
(Fonte: www.oglobo.globo.com/cultura – 1° de maio de 2012)