Foi um dos primeiros técnicos gaúchos a comandar times de fora do Estado do Rio Grande do Sul.

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Carlos Froner (São Borja, 19 de novembro de 1919 – Tramandaí, 21 de agosto de 2002), foi um dos primeiros técnicos gaúchos a comandar times de fora do Estado do Rio Grande do Sul.

O ex-técnico de futebol Carlos Benvenutto Froner foi um nome ligado à história do futebol gaúcho, Carlos Froner tinha como seu discípulo mais famoso o técnico pentacampeão do mundo, Luiz Felipe Scolari, que não perdia chance de chamá-lo de “mestre”.

A admiração vem dos tempos em que Felipão era zagueiro do Caxias, em 1978, e era orientado pelos ensinamentos de Carlos Froner, um treinador que exigia disciplina e não descuidava da marcação em seus esquemas táticos. E que consagrou a evasiva “vamos ver” para não responder perguntas de repórteres.

Em depoimento ao programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, Carlos Froner lembrou que liberava Felipão das concentrações para ficar em casa na época em que o então jogador e a esposa queriam ter o primeiro filho. Felipão ressaltou que seu mestre tinha também a qualidade de cultivar os valores da vida em família.

Chamado pelos jogadores e repórteres de “Capitão Froner”, o mestre de Felipão, nascido em São Borja, em 19 de novembro de 1919, começou a orientar times durante sua carreira militar. Quando saiu do Exército, estreou treinando o Grêmio Leopoldense, de São Leopoldo, em 1949. Depois passaria por quase todos os clubes gaúchos, com destaque para o Aimoré, Caxias, Juventude e Grêmio, para onde sempre voltava, e uma rápida passagem pelo Sport Club Internacional.

Suas maiores glórias foram conquistadas com o Grêmio. Foram três títulos gaúchos, em 1964, 1965 e 1967, um vice-campeonato na Libertadores da América, em 1984, ano em que também levou o clube à semifinal do Campeonato Brasileiro.

Carlos Froner também foi um dos primeiros técnicos gaúchos a comandar times de fora do Estado, quando assumiu o Santa Cruz, do Recife, em 1975. Um ano depois passou pelo Flamengo, época em que promoveu uma renovação de um time em que estavam despontando craques como Zico e Adí­lio.

Nos últimos anos, Carlos Froner preferiu desfrutar da tranquilidade de Tramandaí­, de onde acompanhava o futebol pela televisão. De vez em quando recebia a visita de velhos amigos, entre os quais Felipão.

Carlos Froner faleceu em Tramandaí, cidade litorânea do Rio Grande do Sul, de parada cardíaca, em 21 de agosto de 2002, aos 82 anos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.608 – 24 e 25 de dezembro de 2013/1983 – HÁ 30 ANOS EM ZH – Pág: 46)
(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/esportes/2002 – ESPORTES – FUTEBOL – 21 de Agosto de 2002)

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