Foi uma das primeiras mulheres a entrar no mundo das histórias em quadrinhos

 

 

 

 

 

 

Foi uma das primeiras mulheres a entrar no mundo das histórias em quadrinhos

Dale Messick (Indiana, 11 de abril de 1906 – Penngrove, Califórnia, 5 de abril de 2005), desenhista de tiras cômicas e criadora da personagem Brenda Starr

Messick, que mudou o Dalia de seu nome original, pelo masculino, Dale, ficou famosa com a criação da heroína Brenda Starr, uma tira cômica que nos anos cinqüenta chegou a ser publicada em 250 periódicos diferentes.

Nascida em abril de 1906, em Indiana, Estados Unidos, Messick começou a desenhar muito cedo. Estudou arte e trabalhou numa empresa de cartões de felicitação em Nova York, quando atraiu a atenção de Mollie Slott (1893-1967), que trabalhava para o editor Joseph Patterson.

Em 1940, Patterson, que aparentemente não era favorável a mulheres desenhistas, começou a publicar Brenda Starr aos domingos, como uma experiência. Desde então, a tira não deixou de aparecer nos periódicos.

Desenhada à imagem da atriz Rita Hayworth, de quem tomou emprestado os traços e a cabeleira ruiva, Brenda Starr é uma jornalista que passa por aventuras tão espetaculares quanto sua vida amorosa.

O amor de sua vida é o misterioso Basil St. John, personagem que usava um tapa-olho e tinha uma doença que só podia ser curada com o suco de orquídeas negras que crescem na floresta amazônica.

Quando finalmente Brenda e Basil se casaram, em 1976, o então presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, enviou suas felicitações.

Os ajudantes de Messick se encarregavam de desenhar as cenas de ação e os detalhes técnicos, como os edifícios ou os veículos, mas até sua aposentadoria, em 1980, foi a autora que traçou os rostos, os gestos e a roupa de seus personagens, o que permitia que a tira tivesse um ar inequivocamente feminino.

Em 1986, Brenda Star foi parar no cinema, num filme protagonizada pela atriz Brooke Shields.

Recentemente, Brenda Starr foi criticada por estar muito afastada da vida real das mulheres jornalistas, freqüentemente mais ocupadas com entrevistas coletivas rotineiras do que com saltos de pára-quedas sobre zonas de guerra.

Em entrevista publicada em 1986 pelo periódico San Francisco Chronicle, Messick disse que recebia muitas cartas de mulheres jornalistas, nas quais reclamavam do estilo de vida de Brenda Starr.

“Eu respondia que se fizesse a vida de Brenda igual a delas ninguém leria a tira”, explicou Messick.

Dale Messick morreu em 5 de abril de 2005, aos 98 anos, por causas naturais, em sua casa em Penngrove, Califórnia, informou sua filha, Starr Rohrman, que lembrou que sua mãe já havia sofrido uma embolia em 1998. 

 

 

(Fonte: http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI506534-EI3615,00- DIVERSÃO – ARTE E CULTURA – 7 de abril de 2005)

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