Franca Valeri, estrela e lenda da comédia italiana, estrelou dois clássicos de Dino Risi: “O Signo de Vênus” (1955) e “O Viúvo” (1959)

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Franca Valeri, comediante pioneira do cinema italiano

 

 

Franca Valeri (1920 – 2020), lenda da comédia italiana. (Foto: Divulgação/Titanus / Pipoca Moderna)

 

Estrela do cinema e do teatro ficou conhecida pela ironia

Franca Valeri (Milão, 31 de julho de 1920 – Roma, 9 de agosto de 2020), atriz, estrela e lenda da comédia italiana. Seu sobrenome de batismo era Norsa, mas ela adotou o nome artístico de Franca Valeri inspirada no filósofo, escritor e poeta francês Paul Valéry (1871-1945).

 

Nascida Alma Franca Maria Norsa na cidade Milão, Valeri brilhou na era de ouro da comédia italiana, estrelando dois clássicos de Dino Risi: “O Signo de Vênus” (1955) e “O Viúvo” (1959). Também trabalhou para Mario Monicelli em “Um Herói de Nossos Tempos” (1955) e Luigi Comencini em “Esses Maridos” (1957), fez par romântico com Marcello Mastroianni em “Bígamo a Força” (1956) e se destacou em “A Casa Intolerante” (1959), um dos filmes emblemáticos da guinada sexual das produções italianas.

 

A estreia no cinema só aconteceu aos 30 anos de idade, depois dela já ter se estabelecido como comediante no rádio e no teatro. O primeiro filme foi o clássico “Mulheres e Luzes” (1950), escrito e dirigido pelo jovem Federico Fellini, em parceria com Alberto Lattuada. Dizem que o próprio Fellini a selecionou. Ela roubou as cenas e logo em seguida virou protagonista, tendo o primeiro papel de destaque em “Totò a Cores” (1952), no qual contracenou com o célebre comediante Totò.

 

Sua popularidade nos anos 1950 influenciou até a moda, levando várias italianas a imitarem seu corte de cabelo curto.

 

Trajetória

 

Nascida em 31 de julho de 1920, em Milão, de uma família de origem judaica, ela era uma das atrizes mais amadas da Itália e estrelou cerca de 50 filmes ao longo de sua carreira, além de inúmeras peças de teatro, sua grande paixão.

 

“Cada vez que me encontro com aquele senhor que eu acredito ser o teatro, percebo viver na mais bela ilusão da minha vida”, disse Valeri certa vez.

 

Entre seus filmes mais conhecidos, títulos como “O Signo de Vênus” (1955), “O Viúvo” (1959) e “A Casa Intolerante” (1959). Com seu humor refinado e suas sátiras, a atriz conseguiu seduzir tanto os intelectuais quanto o público geral.

 

Mais que uma atriz bonita e de timing impecável para a comédia, Valeri também encantou cineastas por seu talento como roteirista, função que começou a lhe render créditos em “O Signo de Vênus”, quando ajudou Risi e Comencini a criar a história original sobre duas primas, uma com excesso de pretendentes (Sophia Loren) e outra com falta (ela mesma). Valeri ainda co-escreveu e estrelou “Tubarões de Praia” (1961), “Parigi o Cara” (1962) e “Desculpe, Façamos o Amor” (1968).

 

A inclinação intelectual não era surpresa para quem a conhecia. Alma Franca tinha escolhido o pseudônimo Franca Valeri em homenagem ao escritor, poeta e filósofo Paul Valéry.

 

Todo esse talento sofreu com a guidada picante do cinema comercial italiano, que a levou a filmar até com o rei do eurotrash Lucio Fulci, em “Os Maníacos” (1965). Sua carreira cinematográfica estagnou na época de “Ettore, O Machão” (1972) e ela decidiu se dedicar mais ao teatro e à televisão, criando e estrelando diversas peças, séries e telefilmes, além de dirigir óperas.

 

Seu último trabalho foi o telefilme “Non Tutto è Risolto”, que ela própria escreveu em 2014.

 

Em 2020, ela foi premiada com o troféu David di Donatello (o Oscar italiano) pelas realizações de sua carreira cinematográfica.

 

Hoje estou aqui em casa, mas não em minha casa natural, o teatro. Não atuo mais, e não entendo nem mesmo o porquê. Gostaria ainda de retribuir o afeto das pessoas continuando a trabalhar.” – Franca Valeri, em uma de suas últimas entrevistas antes de morrer

 

Franca Valeri faleceu em 9 de agosto de 2020, que havia completado 100 anos de idade no último dia 31 de julho. A estrela faleceu em sua casa em Roma.

 

Homenagens “Profunda tristeza pela morte de Franca Valeri, um ícone do nosso teatro, de nossa cultura e espetáculo. Ela nos presenteou com incontáveis momentos de humor e pensamento, de elegância e sagacidade. Somos gratos por todos esses presentes”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

 

(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/ansa/2020/08/09 – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / ENTRETÊ / FILMES E SÉRIES / Por ANSA / De Roma – 09/08/2020)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE / FAMOSOS / Por Marcel Plasse – (Pipoca Moderna) – 9 AGO 2020)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/arte-e-cultura – DIVERSÃO / ARTE E CULTURA / Por ANSA – 9 AGO 2020)

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