Francês é 1º com deficiência a saltar no Everest
Com 55 anos, Kopp, que mora em Longwy, a nordeste de Paris, vive há mais de uma década de esclerose múltipla
Um francês que sofre de esclerose múltipla se tornou, neste domingo, a primeira pessoa portadora de deficiência a saltar de paraquedas no Monte Everest, o cume mais alto da Terra, completando com sucesso sua aterrissagem antes de ser levado para o hospital preventivamente.
“Eu me sinto muito feliz. Estou exausto, mas muito feliz”, disse Marc Kopp da cama de um hospital em Katmandu, onde os médicos o examinaram em busca de eventuais ferimentos provocados durante o salto.
Com 55 anos, Kopp, que mora em Longwy, a nordeste de Paris, vive há mais de uma década de esclerose múltipla, doença degenerativa do sistema nervoso, que interrompe a comunicação do cérebro com o corpo.
Com os músculos enfraquecidos, lesões surgem no cérebro e na medula espinhal e, em casos mais graves, os pacientes podem perder a capacidade de falar ou caminhar.
No salto duplo, Kopp pulou de um helicóptero que sobrevoava a montanha a 10.000 metros de altitude, acompanhado do amigo, o campeão de skydive Mario Gervasi.
“Espero que minha iniciativa inspire outros que vivem com esta doença. Espero que muitos outros sigam os meus passos”, declarou Kopp à AFP.
Ele explicou que os preparativos para o salto foram “muito dolorosos” e provocaram dores em todo o corpo. Embora costume usar cadeira de rodas para se deslocar, a trilha pela cordilheira do Hilamaia significou para ele passar várias horas por dia no dorso de um cavalo, o que castigou sua espinha, até chegar ao local de onde o helicóptero partiu.
“Houve muitas vezes nos últimos dias em que pensei que não conseguiria realizar meu sonho”, afirmou. Com ajuda de amigos e admiradores, Kopp conseguiu arrecadar 26.000 euros (US$ 35.885) para a viagem.
Após concluir o salto, na manhã deste domingo, ele retornou a Katmandu de helicóptero, onde os médicos o aconselharam a tirar um dia de descanso.
Kopp foi diagnosticado em 2001 com esclerose múltipla progressiva primária, uma forma da doença sem quase nenhum prospecto de remissão. Ele trabalha como voluntário e gerencia um grupo de apoio para pessoas com a mesma doença.
(Fonte: http://noticias.band.uol.com.br/mundo/noticia/100000640697 – NOTÍCIAS – MUNDO – Da AFP – 28 de outubro de 2013)