Francisco Adolfo de Varnhagen, é autor da História Geral do Brasil (1854). O autor ia às fontes.

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Expoente do pensamento brasileiro

 

Uma obra significativa do pensamento brasileiro de 1850, época em que, mal saída da dominação colonial, a jovem nação precisava de um enredo histórico para justificar-se

 

 

Francisco Adolfo de Varnhagen (São João de Ipanema, atual Iperó, 17 de fevereiro de 1816 – Viena, 26 de junho de 1878), diplomata e historiador, o Visconde de Porto Seguro. Divulgou, fruto das primeiras notáveis pesquisas sobre a época do descobrimento do Brasil.

 

Varnhagen foi autor de uma obra significativa do pensamento brasileiro de 1850, época em que, mal saída da dominação colonial, a jovem nação precisava de um enredo histórico para justificar-se.

 

Historiador tradicional, alinhavador de fatos e datas, tão atento à versão palaciana da História quanto desatento às estruturas sociais e econômicas. Alinhá-lo entre os intérpretes de um país que representava a visão dominante em seu tempo.

 

O Brasil, mal saído do período colonial, era um projeto de nação que para legitimar-se precisava de uma História. Varnhagen, o “Heródoto brasileiro”, encarrega-se da tarefa, sob os auspícios da coroa, protegido que era de dom Pedro. Sua “História Geral do Brasil” fornecerá um passado e um enredo ao jovem país.

 

Varnhagen é autor da História Geral do Brasil (1854). O autor ia às fontes. É o sistematizador de metade da documentação básica da História.

 

Para escrever sua História Geral do Brasil, em 1854, o paulista fez uma pesquisa tão grandiosa que poupou trabalho para todas as gerações que vieram depois. Todo o levantamento de metade das fontes primárias que se usam até hoje no estudo da História do país.

 

Morto em 1878, aos 62 anos, Varnhagen era um fanático da família imperial. Ainda assim, sua competência e disposição fizeram dele um dos grandes intelectuais de sua época, respeitado por altas personalidades do mundo português, como o escritor Alexandre Herculano.

 

Inquisição – Varnhagen era um diplomata que fazia História quando podia, mas ninguém lembrará de sua participação em negociação com potências estrangeiras.

(Fonte: Veja, 8 de outubro de 1997 – ANO 30 – Nº 40 – Edição 1516 – LIVROS/ Por João Gabriel de Lima, Ricardo Valladares e Neuza Sanches – Pág: 132/133)

(Fonte: Revista Veja, 11 de agosto de 1999 – ANO 33 – Nº 32 – Edição 1610 – Livros – “As Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC”, de José Carlos Reis – Pág: 136/137)

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