François Cevert, foi um piloto francês de Fórmula 1, foi uma das grandes promessas do automobilismo francês nos anos 1970, e era companheiro de Jackie Stewart na Tyrrell, estava sendo preparado para substituir o tricampeão quando este parasse de correr

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François Cevert, o galã francês que era preparado para suceder Jackie Stewart mas encontrou a morte

Tido como potencial campeão após a aposentadoria do escocês, piloto não teve a mínima chance após brutal acidente em Watkins Glen

François Cevert estava sendo preparado para substituir Jackie Stewart como número 1 da Tyrrell — Foto: Divulgação

 

Albert François Cevert Goldenberg (nasceu em Vaudelnay, em 25 de fevereiro de 1944 – faleceu em Watkins Glen, em 6 de outubro de 1973), foi um piloto francês de Fórmula 1, mais conhecido como François Cevert.

Albert François Cevert foi uma das grandes promessas do automobilismo francês nos anos 1970. Companheiro de Jackie Stewart na Tyrrell, Cevert estava sendo preparado para substituir o tricampeão quando este parasse de correr. Mas o destino foi cruel com o galã francês, que era adorado pelas fãs mas encontrou a morte num brutal acidente no circuito de Watkins Glen no dia 6 de outubro de 1973.

Cevert iniciou sua carreira no esporte a motor com 16 anos, mas sobre duas e não quatro rodas. Depois de servir ao exército, François fez cursos de pilotagem em Le Mans e Magny-Cours e venceu o tradicional concurso “Volant”, o que lhe deu como prêmio uma temporada na Fórmula 3.

Depois de uma primeira temporada difícil, Cevert venceu o campeonato no segundo ano, superando Jean-Pierre Jabouille, outro que chegaria à Fórmula 1, anos mais tarde.

François Cevert pilotou March para equipe de Ken Tyrrell em 1970 — Foto: Reprodução

François Cevert pilotou March para equipe de Ken Tyrrell em 1970 — Foto: Reprodução

Depois, François subiu para a Fórmula 2, que na época era considerada bem mais próxima da Fórmula 1, até porque diversos pilotos da categoria principal disputavam suas provas. Numa dessas corridas, em Crystal Palace (Inglaterra), o já campeão mundial Jackie Stewart levou um grande calor do jovem francês. Jackie, que estava a caminho do bi na F1 com a Matra, disse ao chefe Ken Tyrrell que ficasse de olho em Cevert.

Em 1970, Tyrrell ouviu Jackie e, quando Johnny Servoz-Gavin se aposentou do nada, fechou com o francês para ocupar a segunda vaga da equipe que ele estava criando. Sagaz, o velho Ken ainda aproveitou o útil ao agradável e acertou um contrato de patrocínio e fornecimento de combustíveis com a francesa Elf.

Neste primeiro ano, a Tyrrell usou chassis da March e só aprontou para Stewart seu novo carro no fim do ano. Cevert teve uma temporada de adaptação e marcou apenas um ponto com um sexto lugar na Itália.

Para 1971, a Tyrrell se apresentou muito bem com seu novo carro, e Stewart dominou facilmente o campeonato. Na carona dele, Cevert começou a emplacar resultados melhores. Em 11 corridas, o francês subiu ao pódio em quatro, com um terceiro lugar, dois segundos e sua primeira – e que viria a ser única – vitória, nos Estados Unidos.

François Cevert no pódio do GP dos EUA de 1971 — Foto: Reprodução

François Cevert no pódio do GP dos EUA de 1971 — Foto: Reprodução

Esperava-se um Cevert ainda melhor na temporada de 1972, mas a própria Tyrrell caiu de produção. A Lotus foi dominante com Emerson Fittipaldi, enquanto François sofreu com problemas de confiabilidade em seu carro, abandonando quatro corridas e terminando o ano com apenas dois pódios, sempre em segundo lugar.

Seu melhor momento em 1972 foi o segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans pela Matra. No campeonato da Fórmula 1, ficou numa modesta sexta posição.

A equipe voltou a mostrar força em 1973 com o modelo 006. Depois de Emerson e a Lotus ganharem três de quatro corridas no começo, Stewart reagiu e disparou na liderança do campeonato, trazendo Cevert a tiracolo. Foram três dobradinhas entre eles, sempre com o escocês à frente. De qualquer forma, François caminhava para o vice-campeonato. Na penúltima corrida, Cevert bateu no Canadá, até sofrer seu acidente fatal em Watkins Glen.

Stewart já havia contado a poucas pessoas que iria se aposentar, o que tornaria Cevert número 1 da Tyrrell em 1974. A morte de François abalou tanto o tricampeão, que ele desistiu de celebrar a despedida na corrida americana, onde ele completaria 100 provas disputadas na Fórmula 1.

François Cevert morreu durante os treinos para o Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1973, em Watkins Glen. Era então piloto da Tyrrel Ford, parceiro de Jackie Stewart, campeão mundial de Fórmula 1. Na temporada de 1973, ficou seis vezes em segundo lugar, ajudando Stewart a conseguir o campeonato.

Desesperado, Jody Scheckter pede socorro a François Cevert, mas era inútil — Foto: Getty Images

Desesperado, Jody Scheckter pede socorro a François Cevert, mas era inútil — Foto: Getty Images

De fato, não havia clima. Cevert era um personagem muito querido no paddock e a brutalidade do acidente, no qual François foi decapitado, deixou a categoria em choque. Mesmo numa época em que a morte era algo até corriqueiro.

(Direitos autorais: https://ge.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2021/02/25 – Globo/ F1 MEMÓRIA/ Por Fred Sabino — Barcelona, Espanha – 25/02/2021)

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(Fonte: Revista Veja, 17 de outubro de 1973 – Edição 267 – AUTOMOBILISMO – Pág: 120)

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