Frida Kahlo (Coyoacán, México, 6 de julho de 1907 – Coyoacán, México, 13 de julho de 1954), artista que em vida, era considerada apenas a mulher paralítica de Diego Rivera (1886-1957), este sim o maior pintor mexicano do século 20. Kahlo, como se sabe, teve paralisia na infância e sofreu um terrível acidente de trânsito na juventude.
Frida Kahlo foi uma artista única, para muitos é considerada a pintora do século 20. Apesar de seu pouco tempo de vida, nos deixou obras magníficas e
intrigantes.
Morta, acabou convertida numa espécie trágica de feminista. Agora, Kahlo, também cultuada pelo mercado de arte e pela mídia, ganha voz numa luxuosa compilação de seus diários e desenhos, na obra “O Diário de Frida Kahlo”.
Frida Nasceu em 1907 no México, mas gostava de declarar-se filha da revolução ao dizer que
havia nascido em 1910. Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos
contraiu poliomelite, o que à deixou coxa. Já havia superado essa deficiência quando o ônibus em
que passeava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu multiplas fraturas e uma barra de ferro
atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste último fez várias cirurgias
e ficou muito tempo presa em uma cama.
Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua
cama. Frida sempre pintou a si mesma: “Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque
sou o assunto que conheço melhor”. Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente
seu amor pelo marido Diego Rivera.
A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida
não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. A maior dor
de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as
seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final), o que ficou claro em
muitos dos seus quadros.
Os seus quadros refletiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante “fortes”, não
eram surrealistas: “Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei
minha própria realidade”. Frida contraiu uma pneumonia e morreu em 1954 de embolia
pulmonar, mas no seu diário a última frase causa dúvidas: “Espero alegremente a saída – e espero
nunca mais voltar – Frida”. Talvez Frida não suportasse mais.
(Fonte: Veja, 6 de dezembro de 1995 – ANO 28 – Nº 49 – Edição n° 1421 – LIVROS – ARTE – Pág; 132 a 133)
(Fonte: http://uminha.tripod.com/fridabio)