Gal Costa, ícone da MPB, participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, a primeira grande obra do movimento tropicalista daquelas décadas

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Gal Costa, grande voz da MPB,

Gal Costa em 1969. (Foto: Pictorial Parade/Getty Images / BBC News Brasil)

 

 

Gal Costa, cantora e compositora, foi uma das maiores vozes da MPB, e uma das principais artistas da música popular brasileira,

 

Gal, que tinha como nome de nascimento Maria da Graça Costa Penna Burgos, surgiu na música nacional na década de 1960 e provocou uma revolução no setor com sua voz extremamente potente.

 

Quando tinha cerca de 20 anos, participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, a primeira grande obra do movimento tropicalista daquelas décadas. Além disso, eram muito próxima de outras estrelas da MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia e, com os amigos, fez parte do grupo Doces Bárbaros.

 

Sua estreia como cantora aconteceu em junho de 1964, no show “Nós, por exemplo”, que marcou a inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, atuando ao lado de Caetano Veloso, Tom Zé, Maria Bethânia, Djalma Correa, Alcivando Luz, Pitti, Fernando Lona e Gilberto Gil. No mesmo ano, o grupo ainda apresentou, no mesmo teatro, o show “Nova bossa velha, velha bossa nova”.

 

Ícone do movimento conhecido como “Tropicália”, Gal participou do álbum com o mesmo nome, ou Panis et Circencis. Em 1971, ela protagonizou um dos espetáculos mais marcantes da MPB, intitulado Fa-Tal.

 

Em 1977, o LP “Caras e bocas”, que incluiu a canção “Tigresa”, do cantor Caetano Veloso, marcou sua carreira pelas excelentes críticas. Em 1980, ganhou seu terceiro Disco de Ouro, com o LP “Aquarela do Brasil”, no qual gravou somente músicas de Ary Barroso.

 

A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações.

 

A trajetória de Gal Costa

 

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador, na Bahia.

 

Na adolescência, trabalhou na loja de discos do jornalista Roni, um ofício que a permitiu conhecer todas as novidades musicais da época e que contribuiu para potencializar seu sonho de infância de se tornar cantora e que a tornou fã da bossa nova.

 

Tornou-se amiga, ainda adolescente, de Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros.

 

História na música

 

Gal Costa foi uma das maiores vozes da música popular brasileira desde que começou a cantar, na década de 1960. Adolescente, ela integrou o grupo Doces Bárbaros, junto com os também baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil. O grupo lançou um disco que definiu o gênero musical na década de 1970.

 

Foi também parte importante do movimento tropicalista quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”. Em 1971, ela fez parte do espetáculo “Fa-Tal”, que também se tornou um álbum reverenciado na música brasileira.

 

Na década de 80, sua voz deu vida para temas de novelas, e seus álbuns em parceria com diversos artistas da MPB fizeram grande sucesso. Foi nessa década que Gal Costa abraçou causas sociais e se mostrou ativista, usando a música para trazer visibilidade para causas como a seca no Nordeste.

 

Suas criações sempre tiveram co-participação de artistas relevantes, e nos trabalhos mais recentes, Gal arriscava incluir sons eletrônicos para atualizar sua obra, como no álbum Recanto, de 2011, aclamado pela crítica.

Em 2019, lançou o elogiado show A Pele do Futuro, com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD.

Antes de morrer, Gal estava com a vida profissional atribulada, com a turnê “As várias pontas de uma estrela”, na qual interpretava grandes sucessos da MPB dos anos 80. Ela também se programava para uma turnê na Europa.

Vida pessoal

Discreta quanto aos relacionamentos amorosos e vida pessoal, Gal Costa era assumidamente bissexual, e ao longo da vida foi vista ao lado de homens e mulheres anônimos e famosos. Ela manteve relacionamentos estáveis, mas nunca se casou oficialmente. De 1991 a 1992 viveu junto com o empresário Marco Pereira. A cantora Marina Lima e a atriz Lúcia Veríssimo também foram parceiras de Gal.

Em uma entrevista, Gal revelou que nunca havia engravidado por causa de uma doença na adolescência que causou obstrução das trompas. Ela tentou o processo de fertilização, sem sucesso.

Em 2007, ela adotou um menino de dois anos de idade, que sofria raquitismo por viver em condições de miséria em uma comunidade do Rio de Janeiro, antes de ir para o abrigo. Ele foi batizado como Gabriel, e Gal Costa pôde realizar seu desejo de ser mãe.

Gal viveu no Rio de Janeiro desde a década de 60, e voltou a morar em Salvador no fim dos anos 80. Em 2014, mudou-se com o filho para São Paulo e viveu em uma mansão no bairro Jardins até o fim da vida.

 

Gal Costa, de 77 anos, morreu na manhã de quarta-feira, 9.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/arte-e-cultura – DIVERSÃO / ARTE E CULTURA / por ANSA – 9/11/2022)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / por ANSA – 9/11/2022)

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(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE / por Redação Terra – 9 nov 2022)

Fonte: Redação Terra
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