George Balanchine (1904-1983), nome artístico de Georgi Melitonovich Balanchivadze

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George Balanchine (1904-1983), nome artístico de Georgi Melitonovich Balanchivadze, nascido em São Petersburgo, em janeiro de 1904. Era filho de um compositor e desde cedo aprendeu a tocar piano. Um dia – como nos filmes de Hollywood, onde mais tarde trabalharia – acompanhou a irmã a um exame na Escola Imperial de Balé e foi aceito como aluno. Depois de um curso brilhante, passou a coreografar ainda antes dos 20 anos. E a criar problemas: suas invenções frequentemente contrariavam os princípios e os dogmas de seus professores.

Desde cedo sua paixão e fidelidade à música ficaram legendárias. Sua associação com o compositor Ygor Stravinsky foi a mais produtiva reunião de música e dança no século XX, produzindo algumas obras-primas como Apollo (1928), Orpheus (1947) e Agon (1957), talvez o mais bem-acabado exemplo do que Balanchine considerava uma coreografia bem sucedida. Sem interferência de cenários e figurinos, os bailarinos se movem num desafio constante, unindo velocidade, rigor geométrico, clareza, contenção emocional e extrema limpeza. Em 1934 Balanchine mudou-se para os Estados Unidos e ali conseguiria sucessivas façanhas. Primeiro formou a School of American Ballet, núcleo do que se tornaria a sua companhia, o New York City Ballet.

Logo o City Ballet se transformou numa das maiores e mais importantes companhias de dança do mundo, onde Balanchine imperou, despótico e carinhoso, até a morte. Mas o coreógrafo fez mais do que criar uma das maiores companhias do mundo: criou um estilo americano de dançar, a partir do estilo russo. Sempre irônico e brilhante, declarava: “Aprendi como agradar o público na Broadway. Sou comercial”.

“A dança é mulher”, dizia George Balanchine, um russo há quase meio século radicado nos Estados Unidos – e talvez o mais célebre dos coreógrafos contemporâneos. Balanchine foi fiel a esse lema. Apaixonado por suas bailarinas – foi casado com cinco delas -, todas as suas grandes coreografias têm, em sua raiz, a valorização das figuras femininas. Balanchine morreu dia 30 de abril de 1983, aos 79 anos, de uma pneumonia, em Nova York, Estados Unidos.

(Fonte: Veja, 11 de maio, 1983 – Edição n° 766 – Datas – Pág; 90)

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