Secretário-geral do PCF entre 72 e 94
Georges Marchais (La Hoguette, Calvados, 7 de junho de 1920 – Paris, 16 de novembro de 1997), ex-secretário-geral do Partido Comunista Francês.
Ele ficou 22 anos à frente do PCF, sendo substituído em 94 por Robert Hue. Em 22 anos como líder maior do PCF, ele se manteve fiel as regras políticas impostas por Moscou.
No início, pregava a união das esquerdas francesas. Cinco nãos depois, passou a criticar violentamente o Partido Socialista.
Um grupo de historiadores franceses acaba de publicar “O Livro Negro do Comunismo”, que afirma terem sido mortos cerca de 85 milhões de pessoas sob regimes denominados ou auto-intitulados comunistas pelo mundo.
Depois da queda do Muro de Berlim, em 1990, Marchais afirmou que o PCF havia sido iludido pelos dirigentes soviéticos: “Fomos enganados não só pelos soviéticos, mas também por outros líderes do Leste Europeu”.
O atual líder do partido na França, Hue, disse na semana passada que o PCF “podia, desde 1956, ter tomado distância do modelo soviético”. “Não o fizemos e pagamos muito caro.”
Para membros dos partidos de centro no país, Marchais foi um dos responsáveis pela lenta modernização do PCF. De 1972 a 1994, período em que ocupou o posto de secretário-geral, o partido perdeu dois terços dos seus votos.
George Marchais morreu no dia 16 de novembro de 1997, aos 77 anos, de insuficiência cardíaca, em Paris.
O primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, referiu-se a Marchais como um homem do povo. A morte de Marchais acontece no momento em que a França começa a repensar o papel do Partido Comunista no país.
(Fonte: Veja, 26 de novembro de 1997 – Edição 1523 - Datas - Memórias/ Marcos de Sá Corrêa – Pág; 129/130)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft171112 – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO – MARIANE COMPARATO de Paris – 17 de novembro de 1997)