George Plimpton (18 de março de 1927 - Nova York, 25 de setembro de 2003), escritor e editor americano que fundou a revista de crítica literária The Paris Review, em que pelo menos duas entrevistas históricas de William Faulkner e Ernest Hemingway foram publicadas.
Amigos foram unânimes em apontar a energia e vitalidade de Plimpton como sua principal característica. Tanto assim que sua biografia é das menos convencionais do mundo das letras: ele lutou box contra Archie Moore, fez as vezes de lançador de beisebol para o lendário Willie Mays, atuou em filmes como Reds, de Warren Beaty, publicou um livro de receitas com Paul Newman, foi trapezista no circo dos irmãos Clyde Beatty-Cole. Mas também escreveu. No Brasil, foi traduzido Escritoras e a Arte da Escrita.
É por The Paris Review, contudo, que ele será lembrado entre escritores e amantes das letras. A revista trimestral fundada em 1953 foi marcada por duas grandes vertentes editoriais: a publicação de novos autores da época, como Philip Roth e Jack Kerouac, e entrevistas definitivas com grandes escritores.
Foi com entrevistas longas e detalhadas que a The Paris Review revelou muito sobre escritores famosos. Foi nela que Faulkner disse que o melhor trabalho para um escritor era ser dono de um bordel. A revista sempre deu prejuízo, mas quando estava prestes a falir, algum amigo milionário de Plimpton aparecia para salvá-la da bancarrota.
George Plimpton faleceu em 25 de setembro de 2003, aos 76 anos, em sua casa em Nova York.
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.711 – TRIBUTO – 8 de abril de 2014 – Pág: 38)
(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2003/not20030926p463 – CADERNO 2 – VARIEDADES – 26 de Setembro de 2003)