Engenheiro construtor do Mineirão
Gil César Moreira de Abreu (Juiz de Fora, 2 de agosto de 1931 – 25 de março de 2022), engenheiro civil responsável pela construção do Mineirão na década de 1960. Além de ter ocupado cargos em vários órgãos públicos e instituições de Minas Gerais, Gil foi vereador em Belo Horizonte (1973-1977), deputado estadual (1983-1987) e deputado federal (1987-1991).
Natural de Juiz de Fora, Abreu assumiu a chefia de execução do setor de obras da Diretoria de Esportes de Minas Gerais em 1962.
Foi com Gil César que o Mineirão saiu do papel e ganhou vida, em 1965, com a primeira partida sendo disputada no dia 5 de setembro, entre a Seleção Mineira e o River Plate. Buglê, ex-atacante do Atlético-MG foi o primeiro jogador a marcar no estádio.
Gil César Moreira de Abreu era conselheiro do Atlético-MG e entrou para a carreira política, em 1973, onde foi vereador de Belo Horizonte. Em 1983, ascendeu ao cargo de deputado estadual, onde ficou até 1987, ano em que foi eleito deputado federal.
Graças ao sucesso na construção do Mineirão, inaugurado em 5 de setembro de 1965, o engenheiro foi convidado para chefiar projetos de outros estádios e complexos esportivos nas cidades de Uberlândia, Teresina, São Luís, Campina Grande e João Pessoa.
Em Belo Horizonte, trabalhou nos projetos de construção da Toca da Raposa I, centro de treinamento do Cruzeiro, e de clubes sociais como o Labareda, do Atlético, Jaraguá e Pampulha Iate Clube, todos na região da Pampulha.
Gil César Moreira de Abreu se formou em Engenharia Civil e de Transporte na UFMG em 1957. Dois anos depois, foi convidado pelo governador Magalhães Pinto, que deu nome ao Mineirão, para chefiar as obras do estádio. O engenheiro ainda se graduou em planejamento urbano, na UFMG, em 1969, e Marketing, na Associação Comercial de Minas Gerais, em 1973.
Mineirão
A construção do Mineirão começou em 1960, mas existiam problemas de verba para manter o desenvolvimento do projeto. Por isso, as obras se arrastaram. Primeiro, pensava-se em sua inauguração em 1962, mas o estádio mal havia começado a sair do chão.
Vem o ano de 1963 e a obra continua. Apesar do grande número de funcionários (média de 3 mil) e da rotatividade, a construção caminhava a passos lentos, muito em função de problemas financeiros.
Naquele ano, Pelé, que já era um astro do esporte, esteve em Belo Horizonte para conhecer o projeto do estádio. Gostaria de ver a novidade e se a aprovava. O ‘Rei’ percorreu o canteiro de obras ao lado do governador Magalhães Pinto e de Gil César, que explicou cada detalhe da construção.
Em 1964 foi constatado que a obra iria atrasar bem mais que o esperado. No segundo semestre, o engenheiro Gil César tomou uma decisão que viabilizou a conclusão da obra. Ele criou três turnos de trabalho, cada um de oito horas.
Em 1965, no momento de se escolher a grama, vieram amostras do mundo inteiro. Todas foram plantadas, durante três meses, regadas e testadas. No final, uma surpresa: a que melhor se adequou ao terreno era uma grama local: a esmeralda.
Porém, novos problemas financeiros começaram a surgir. Era preciso terminar o estádio. A solução veio das cadeiras cativas, que viraram uma espécie de ‘garantia’. Cerca de 930 foram repassadas à Caixa Econômica Estadual – foram vendidas em contratos anuais para os torcedores. Da mesma forma agiu o Banco de Crédito Real, que, para liberar o dinheiro necessário, ficou com 607.
E assim, em 1965, o estádio ficou pronto. Mas e o nome? A escolha recaiu sobre aquele que ficou marcado como responsável pela construção, o governador Magalhães Pinto, que tinha a obra como meta de seu governo.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/esportes/futebol – ESPORTES / FUTEBOL / SUPER ESPORTES / por Pedro Leite – 25/03/2022)
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/esportes/futebol – ESPORTES / FUTEBOL / por LANCE! – 25/03/2022)