Atriz italiana Gina Lollobrigida foi musa de Hollywood entre 1950 e 1960
Ícone do cinema italiano e símbolo sexual contracenou com astros como Humphrey Bogart, Rock Hudson, Burt Lancaster, Tony Curtis e Frank Sinatra.
Gina Lollobrigida em imagem de 1º de agosto de 2014, em Mônaco — (Foto: Lionel Cironneau/AP/Arquivo)
Gina Lollobrigida (Subiaco, Lácio, 4 de julho de 1927 — Roma, 16 de janeiro de 2023), ícone do cinema italiano e símbolo sexual, atriz mais conhecida pelo seu papel em “Pane, amore e fantasia”, ganhou fama nos anos cinquenta e passou a aparecer em mais de 60 filmes com estrelas como Frank Sinatra, Humphrey Bogart e Marcello Mastroianni, entre outros.
Considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo, fez sucesso em Hollywood nos anos do pós-guerra e contracenou com as maiores estrelas do cinema como Frank Sinatra, Sean Connery, Marcello Mastroianni a Humphrey Bogart.
Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947, ela chegou a entrar para o concurso Miss Itália e ficou com o terceiro lugar, ganhando projeção em todo o país.
Assim, três anos depois, ela assinava seu primeiro contrato para estrelar filmes americanos, num acordo arquitetado pelo produtor Howard Hughes, que queria que ela gravasse três longas por ano. Mas ela estava descontente com os termos, e o arranjo acabou não indo para frente. Cláusulas já assinadas, no entanto, a impediram de trabalhar em filmes americanos que fossem feitos nos Estados Unidos até 1959.
Até esse período, ela ficou livre para atuar em produções europeias ou americanas que filmassem na Europa. Dessa forma, começou a construir seu caminho ao estrelato nas tramas italianas “Pão, Amor e Fantasia”, que lhe rendeu uma indicação ao Bafta, “A Provinciana” e “A Romana” e nas francesas “Fanfan la Tulipe”, “Esta Noite é Minha” e “A Grande Paixão”.
Sob a direção de John Huston e como par romântico de Bogart, “O Diabo Riu por Último” veio em 1953 como sua apresentação em larga escala para o mundo de língua inglesa. “Ousadia de Valente” e “A Mais Bela Mulher do Mundo” vieram em seguida. O segundo deu a ela o primeiro prêmio David di Donatello de melhor atriz.
Com o cineasta Carol Reed, trabalhou em “Trapézio”, com Jean Delannoy deu vida à icônica e sensual Esmeralda, em “O Corcunda de Notre Dame”, e com King Vidor esteve em “Salomão e a Rainha de Sabá”.
Os anos 1950 e 1960 foram de trabalho intenso, a ponto de Lollobrigida ter recusado um papel coadjuvante no clássico “A Doce Vida”, de Fellini. Ela mais tarde demonstraria arrependimento pela decisão, que dizia ter sido tomada por engano, em meio ao volume de roteiros que chegavam para ela.
Além de Bogart e Sinatra, Lollobrigida também dividiu as telas, no período, com outros ícones da era de ouro do cinema, como Marcello Mastroianni, Burt Lancaster, Tony Curtis, Anthony Quinn, Rock Hudson, Sean Connery, Alec Guinness e David Niven.
A partir dos anos 1970, ela começou a pegar mais leve com a carreira. Na década de 1980, ela foi à TV nas séries “Falcon Crest” e “Estranhas Irmãs”.
A atriz italiana, uma das grandes estrelas da história do cinema,
Uma das musas indiscutíveis da cinematografia italiana, ficou conhecida mundialmente na década de 1950, ao representar o renascimento italiano depois da Segunda Guerra Mundial. Ela contracenou com astros como Humphrey Bogart, Rock Hudson, Burt Lancaster, Tony Curtis e Frank Sinatra, e se tornou um dos ícones do cinema mais reconhecidos nas décadas de 1950 e 1960.
Criada em uma família pobre, a atriz teve sua chance no cinema depois de ficar em terceiro lugar no concurso de beleza Miss Itália, em 1947. Na Itália, ela ficou famosa depois de atuar em filmes como “A Provinciana” e na comédia “Pão, amor e fantasia”.
Entre seus filmes mais conhecidos estão “O Corcunda de Notre Dame”, de 1956, e “Quando setembro vier” de 1961, “Mar louco, de 1963” e “Noites de amor, dias de confusão”, de 1968.
Um século já seria suficiente, especialmente para Gina Lollobrigida. A mítica atriz italiana, teve uma vida de cinema, recheada de joias e glamour, mas que culminou numa farsa sentimental que maculou os seus últimos dias.
Lollobrigida é uma musa indiscutível do grande panteão da cinematografia italiana, coroada como um ícone da beleza mediterrânea e ainda assim profundamente marcada ao longo de sua vida por amor, desgosto e, claro, processos judiciais.
Luigina Lollobrigida nasceu em Subiaco, em 4 de julho de 1927, filha de uma família rica que perdeu seus bens na Segunda Guerra Mundial. Em 1947, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Roma, onde começou a estudar Belas Artes.
Como explica em sua biografia, ela era a “privilegiada” em uma família de “refugiados” que vivia em um quarto duro e comia “o pouco que conseguia coletar”.
O trampolim para o show business veio com sua chegada à cidade, quando foi parar no palco do concurso “Miss Roma”, no qual ficou em segundo lugar, e depois foi convidada para a final do “Miss Itália”, no qual finalmente Lucía Bosé triunfou.
Aos poucos, a jovem conseguiu entrar nos estúdios da Cinecittà em Roma, interpretando pequenos papéis, e três anos depois recebeu uma oferta do milionário produtor Howard Hughes para pegar um avião e voar para a efervescente Hollywood.
Porém, logo se arrependeu, percebendo que só poderia trabalhar em produções de seu patrono, e foi então que decidiu voltar para sua Roma para iniciar uma carreira que a firmaria como uma das atrizes mais aplaudidas da Europa.
Nessa época trabalhou em grandes produções internacionais, como ‘O Diabo Riu por Último’ (1953), com Humphrey Bogart; ‘Trapézio’ (1956), com Tony Curtis, ou ‘O Corcunda de Notre-Dame’ (1956), junto com o corcunda Anthony Quinn.
Talvez uma de suas obras mais emblemáticas seja a produção com o agourento título ‘A Mais Bela Mulher do Mundo’ (1956), junto com Vittorio Gassman, na qual chegou a cantar fragmentos da ‘Tosca’, de Giacomo Puccini.
Consagrada como um dos grandes ícones da “italianidade”, Lollobrigida foi se distanciando gradativamente do mundo do cinema, no qual conquistou inúmeros prêmios, com exceção do Oscar.
Paralelamente, sua vida privada esteve sempre em destaque: em 1949, ela se casou com o médico iugoslavo Milko Skofic, com quem teve um filho, Andrea, e de quem se divorciou em 1971. E é lembrada sua relação com o empresário espanhol Javier Rigau, 34 anos mais novo que ela.
A atriz acabou por denunciá-lo por fraude e falsificação documental pelo casamento “por procuração” que contraíram em 2010, embora o marido tenha sido finalmente absolvido em março de 2017 e também anulado o casamento pela mão do próprio Papa Francisco.
Nesse ano, ela pode ser vista no Tribunal de Roma em aparente bom estado, com o seu carding icônico, uma capa vermelha intensa, botas de salto alto, os seus inseparáveis óculos escuros e acompanhada por dois assistentes.
Gina morava em uma villa na Via Appia Antica, em Roma, e contava com a ajuda de seu assistente Andrea Piazzolla, que Rigau e a família da estrela denunciaram recentemente, acusando-o de manipulá-la e esbanjar sua fortuna.
A verdade é que nos últimos anos a estrela, sobre quem pesavam os sinais de demência senil, foi obrigada a leiloar a sua imponente caixa de joias.
Parte vital de seu patrimônio, como os móveis de sua mansão, foi parar em um depósito guardado por ordem do juiz, depois que a família iniciou sua ofensiva contra o esbanjador Piazzolla.
Aliás, o jovem não esconde o seu elevado padrão de vida e é frequentemente visto a chegar aos melhores espaços da capital com carros de luxo e todo o tipo de ostentação.
Quando parou de fazer filmes em tempo integral, Lollobrigida desenvolveu novas carreiras como fotógrafa e escultora e também foi embaixadora da boa vontade do Fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e sua Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Entre 1972 e 1994 ela publicou seis livros de suas fotografias, incluindo Italia Mia (Minha Itália).
Em 1975 ela fez um documentário “Retrato de Fidel Castro”, e durante anos houve rumores de que ela teve um caso com o líder cubano.
Em seus últimos anos, ela passou grande parte de seu tempo dividida entre uma vila isolada atrás de muros na antiga Via Ápia de Roma, na parte sul da capital italiana, e a colônia de artistas toscanos de Pietrasanta, onde mantinha um estúdio de esculturas.
Quando questionada sobre como se sentiu ao completar 90 anos em 2017, ela disse que estava se sentindo como “30 + 30 + 30”.
Uma de suas últimas homenagens foi receber uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood, em fevereiro de 2018.
Gina Lollobrigida faleceu na segunda-feira 16 de janeiro de 2023, aos 95 anos, em sua casa. “A Bersagliera” (personagem que interpretou no filme ‘Pão, Amor e Fantasia’) nos deixou. É com profunda tristeza que seu filho Milko e seu neto Dimitri fazem o triste anúncio. Neste momento de grande dor, a família pede o maior respeito da mídia”, diz uma nota da família publicada pela mídia italiana.
Lollobrigida havia sido internada recentemente em uma clínica em Roma após sofrer uma fratura no fêmur em setembro de 2022.
(FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2023/01/16 – POP & ARTE/ NOTÍCIA/ Por g1 – 16/01/2023)
(FONTE: https://www.terra.com.br/diversao/entre-telas/filmes – DIVERSÃO/ ENTRE TELAS/ FILMES/ por Estadão Conteúdo – 16 jan 2023)
(FONTE: https://br.yahoo.com/vida-estilo – VIDA E ESTILO / Por Philip Pullella – ROMA (Reuters) – seg., 16 de janeiro de 2023)