“Poeta do amor, que cantou com a máxima liberdade e grandeza de linguagem.” Apolinaire
Giorgio Baffo (Veneza, 11 de agosto de 1694 – Veneza, 30 de julho de 1768), era um importante poeta italiano, definido como o maior poeta licencioso de sua época. Descendente de uma rica família de magistrados, foi tutor de Casanova, além de ter cortejado a sua mãe. Não se casou, “por medo de gerar filhos que acabassem na forca.”
Autor de mais de 600 sonetos e madrigais, descrevia em vulgaríssima linguagem dialetal toda a libertinagem da cidade, das aventuras do duque de York às prostitutas disponíveis no mercado, desaconselhando a Holandesa, a Alemã e a Franga, que segundo ele não eram de boa qualidade.
Ainda mais divertido era o seu lado blasfemo e anticlerical, como no caso em que debochou do papa Clemente XIII, que ordenara mutilar os órgãos sexuais das estátuas a marteladas.
Não obstante sofresse de sífilis, só morreu aos 74 anos, em julho de 1768.
(Fonte: Veja, 22 de dezembro de 1993 - ANO 26 – Nº 51 – Edição 1319 - Livros/ Por Diogo Mainardi - História da Literatura Erótica, de Alexandrian – Pág: 112/113)