Desenhista italiano foi um mestre do quadrinho erótico.
Pai da personagem Valentina
Guido Crepax (Milão, 15 de julho de 1933 – Milão, 31 de julho de 2003), desenhista italiano, criador da sexy Valentina, foi um mestre do quadrinho erótico, célebre criador de Valentina e dúzias de outras HQs.
Valentina Rosselli ficou órfã. Surgida em 1965 nas páginas da revista italiana “Linus”, a personagem mais sensual das histórias em quadrinhos perdeu seu pai e criador, o arquiteto Guido Crepax (1933-2003).
Crepax nasceu em Milão em julho de 1933, com o nome de Crepas. Ele estudou arquitetura, mas depois da formatura, em 1959, começou a desenhar quadrinhos, trocando seu nome para Crepax. Na época, contribuiu para uma revista de medicina.
Seis anos depois, nascia seu personagem mais famoso: a fotógrafa e estrela de cinema Valentina, inspirada na atriz Louise Brooks (1906-1985).
Sua estreia nas HQs de ficção aconteceu em 1965, quando começou a trabalhar com a revista Linus. Para a publicação criou uma história de super-heróis intitulada Neutron. Como coadjuvante na HQ colocou a repórter Valentina, que acabou ganhando espaço e tornando-se a maior criação do artista.
A partir daí, Crepax encontrou a linha pela qual ficaria mundialmente conhecido: Os quadrinhos eróticos/pornográficos, recheados de excitantes aventuras com ousadas cenas de sexo.
Guido Crepax desenhava mulheres delicadas, muitas inspiradas pela atriz do cinema mudo Louise Brooks, adorada por ele.
Das páginas da revista italiana Linus, onde reinava nos anos 60, Valentina ganhou o mundo e virou ícone da mulher independente, decidida e extremamente sexy. Valentina era a mulher de curvas perfeitas e pernas intermináveis, que tornou-se mito erótico de várias gerações e chamou a atenção para o traço de Crepax.
Suas histórias em quadrinhos foram publicadas na França, Espanha, Japão e Estados Unidos. No Brasil, a editora paulista Martins Fontes publicou, Emmanuelle e Conde Drácula.
Além das aventuras de Valentina, Crepax também ficou famoso por suas adaptações literárias, levando ao formato da HQ obra do Marquês de Sade (Justine), Bram Stoker (Conde Drácula), Edgar Allan Poe (O Crime da Rua Morgue) e Stevenson (O Médico e o Monstro).
Além da fotógrafa de moda de olhos verdes e cabelo chanel, Crepax deixa para trás outras “filhas” igualmente sedutoras que marcaram a memória dos leitores das chamadas “óperas eróticas”, lançadas no Brasil pela LP&M e Martins Fontes: Anita, Bianca e Justine, adaptada das páginas do romance homônimo de Sade.
Crepax ficou conhecido por unir, em um mundo de sonho e fantasia, textos de Sade, Georges Bataille (1897-1962) e Samuel Beckett às formas das divas do cinema clássico.
O elenco de personagens de Crepax ganhou até estudo do prestigiado semiólogo francês Roland Barthes.
Guido Crepax morreu em 31 de julho de 2003, no hospital de Redaelli, em Milão, em decorrência de uma esclerose, aos 70 anos. O autor italiano estava enfermo há algum tempo.
Já aposentado dos quadrinhos, em 2001, Crepax declarou em entrevista: “O futuro me causa um pouco de medo. Há as guerras e tudo isso acontecendo. Acho o passado mais belo”.
(Fonte: http://omelete.uol.com.br/quadrinhos – QUADRINHOS/ Por Pedro Hunter – 31 de Julho de 2003)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS / GERAL – CULTURA / Por AGÊNCIA ESTADO – 31/07/2003)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – ILUSTRADA / QUADRINHOS/ Por DIEGO ASSIS DA REPORTAGEM LOCAL – 1º de agosto de 2003)
(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/210/aconteceu – Edição 210 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 11/08/2003)