Guido Mondim, ex-senador arenista do Rio Grande do Sul.

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GUIDO MONDIM FOI ACIMA DE TUDO UM CRIADOR

Guido Mondim (Porto Alegre, 6 de maio de 1912 – Brasília, 20 de maio de 2000), ex-senador gaúcho, arenista do Rio Grande do Sul. Artista, pintor, escritor, contador, economista, empresário e político.

Mondim era um homem “múltiplo”, que exerceu várias atividades com coragem e disposição permanente para criar. Mondim foi artista, escritor, economista, contador, folclorista, animador de carnaval, empresário, deputado federal, vice-prefeito de Caxias, senador e ministro e presidente do Tribunal de Contas da União. O senador José Fogaça (PMDB-RS) disse que o ex-senador Guido Mondim, que morreu em março e foi homenageado dia (23 de novembro de 2000) pelo Senado.

“Guido Mondim foi um homem de sua época, um homem deste breve século XX”, disse Fogaça.
Guido Mondim nasceu em maio de 1912 e morreu em maio de 2000, aos 88 anos. A frase do senador José Fogaça é uma referência ao historiador Eric Hobsbawn, que chamou de “breve século XX” o período iniciado exatamente em 1912, dois anos antes antes da deposição do czar Nicolau II da Rússia e do assassinato do arquiduque Ferdinando da Áustria, que deflagrou a Primeira Guerra Mundial.

Assim como o “breve século” de Hobsbawn assistiu às maiores e mais profundas e rápidas mudanças científicas, tecnológicas e sociológicas, Guido Mondim “não se satisfazia com as formas estáveis das coisas”, comparou o senador.

– Não era uma figura comum, resumiu Fogaça. Como exemplo, referiu-se à forma como Mondim “adotou” Brasília e, em 1958, com 1.509 discursos por todo o Rio Grande do Sul, viabilizou sua eleição ao Senado por “uma das mais conflitivas e contraditórias alianças políticas” já realizadas no estado: entre o PTB de Leonel Brizola e o PRP, de conotação bem mais conservadora.

Fogaça disse também que é um grande admirador do pintor Guido Mondim e de suas telas históricas, particularmente “a reprodução pictórica da epopéia farroupilha”.

– Ousado para o sonho, inquieto com a sua arte, equilibrado para as ações da política, diligente e operoso como juiz de contas da União, Guido Mondim foi um homem do seu tempo, um homem do seu século, reiterou.

No início da trajetória política de Mondim, que aderiu à AçãoIntegralista Brasileira na década de 30. Com a redemocratização do país, em 1946,filiou-se ao Partido de Representação Popular (PRP), pelo qual foi eleito deputadoestadual (1951), deputado federal (1956) e senador pelo Rio Grande do Sul (1958). NoSenado Federal, permaneceu de 1959 a 1975, tendo-se filiado à Arena, em 1966, com aextinção dos partidos políticos pelo regime militar.

Apesar de filiado ao partido de apoio ao governo militar, credita-se a Mondim o méritode jamais ter atacado ou hostilizado os antigos membros do Partido Trabalhista Brasileiro(PTB). “Homem de grande credibilidade, Guido Mondim conservou sua alma indelével esua dignidade em meio ao chamuscos do período militar”, comentando a disposição do homenageado de sempre ajudar aos perseguidos pela ditadura.

Mondim foi um apaixonado por Brasília, cidade na qual continuou a residir mesmo depois de aposentado doTCU, em 1982.

(Fonte: Veja, 23 de agosto de 1972 – Edição n° 207 – DATAS – Pág; 83)
(Fonte: www.direito2.com – 23 de novembro de 2000)

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