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Gertrude Moran (Foto: Getty images)
Gertrude “Gussie” Moran (8 de setembro de 1923 – 16 de janeiro de 2013), tenista americana, foi precursora da saia curta no tênis
Pouco conhecida, principalmente em uma época em que o esporte não era profissional, ela chocou Wimbledon e o mundo do tênis no meio do século passado ao aparecer na quadra com uma saia curta e calcinha de babado.
Aos 25 anos, em Wimbledon, em 1949, Moran causou espanto no tradicional All England Club ao aparecer para seu primeiro jogo com uma saia que não cobria seus joelhos, o que era padrão naquela época.
Gertrude “Gussie” Moran, precursora da saia curta no tênis, joga em Wimbledon, em 1949
Ela perdeu o jogo, mas seu figurino mereceu lugar na capa de várias revistas ao redor do mundo, e a imprensa britânica a chamou de “Maravilhosa Gussie”.
“Ela não tinha ideia do que estava fazendo”, afirmou Neworth. “Ela gostava de moda e era muito bonita, mas era muito ingênua e não tinha viajado muito.”
Moran chegou a ser a quarta melhor tenista dos Estados Unidos, finalista de duplas em Wimbledon e alcançou as semifinais do Aberto dos EUA, mas sempre foi muito mais conhecida por causa da saia curta e do apelido “Maravilhosa Gussie” que ganhou da mídia britânica.
“Gussie era a Anna Kournikova de seu tempo”, afirmou ao “Los Angeles Times” em 2002, o ex-tenista americano Jack Kramer, que teve grande destaque nos anos 1940 e 1950. “Gussie era uma mulher bonita com um corpo bonito. Faria muito sucesso na era da televisão, ainda mais porque jogava bem.”
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Ela preferia seu apelido Gussy, mas os repórteres em Wimbledon escreviam Gussie e foi essa versão que ficou.
Gertrude Agusta Moran nasceu em 1923. Era filha de Harry Moran, um técnico de som da Universal Studios, e Emma.
Eles viveram numa casa perto do mar em Santa Monica.
Moran começou a ter aulas de tênis aos 11 anos. Mais tarde jogou no colégio e viajou para torneios juvenis, ao lado de tenistas como Kramer.
Depois de se aposentar das quadras, ela visitou base militares e estava em um helicóptero que caiu no Vietnã.
Ela teve diversas participações no rádio e na TV, incluindo um programa de entrevistas sobre esportes por seis anos, em Nova York.
Moran se casou três vezes –um deles foi anulado e houve dois divórcios– e não tinha filhos.
Ela voltou a morar na casa de sua infância em Santa Monica, mas como não tinha condições de manter perdeu a propriedade em 1986.
A ex-tenista passou seus últimos anos em um modesto apartamento em Hollywood.
Moran poderia ter pedido ajuda a inúmeros amigos que estavam bem de vida, mas se recusou a fazer isso.
“Ela era muito orgulhosa”, afirmou Neworth. “Mas não ficou amargurada com a vida. Ela sempre dizia que gostava de tapete vermelho em casa e amava o glamour que isso evocava.”
Moran dizia ficar contente com as jogadoras modernas como Kournikova, Maria Sharapova e as irmãs Williams, que brilham e não tem vergonha das roupas que usam em quadra.
“O que há de errado em conviver bem com suas roupas e seu corpo?”, questionou Moran em 2002. “Eu não ficava muito confortável com isso. Talvez fosse diferente agora.”
Gertrude “Gussie” Moran morreu em seu pequeno apartamento, em Los Angeles, nos Estados Unidos, dia 16 de janeiro de 2013, de câncer no cólon, aos 89 anos.
(Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=15231 – 21/01/2013)
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