Gustav Klimt nasceu em 14 Julho de 1862, em Baumgarten, perto de Viena. Foi o segundo de sete filhos de Ernst (no caso, o pai), cinzelador de metais preciosos, e de Anne Finster.
Em 1876, Klimt ingressou na Escola de Artes e Ofícios de Viena, onde é aluno de Ferdinand Laufberger e de Julius Victor Berger até 1883. Juntou-se ao seu irmão, dois anos mais novo que Klimt, em 1877. Os dois desenhanhavam retratos, a partir de fotografias.
Em 1879, Klimt, Ernest e o amigo Franz Matsch, também pintor, decoram o átriode Kunsthistorisches Museum. Só em 1880, as encomendas do trio sucedem-se: Quatro alegorias para o teto do Palácio Sturany em Viena. Teto do estabelecimento termal de Karlsbad na Tchecoslováquia.
O trio decora a Villa Hermès, em 1885, a partir dos desenhos de Hans Makart, retiro favorito da imperatriz Elisabeth. Em 1886, no Burgtheater, o estilo de Klimt começa a diferenciar-se do de seu irmão e do de Matsch, e então começa a se afastar do academismo. Cada um travalha por sua conta neste ano.
Então em 1888 Klimt recebe a Cruz de Ouro de Mérito Artístico das mãos do imperador Francisco José e em 1890 Klimt decora a grande escadaria de Kunsthistorisches Museum em Viena. Foi premiado pelo imperador (400 florins) pela obra que representa “A Sala do Antigo Burgtheater, Viena”. Mas em 1892 seu pai faleceu, vitima de apoplexia*, da qual ele também será vitima. No mesmo ano, seu irmão Ernst morre também.
O ministro da Cultura recusa ratificar a sua nomeação como professor na Academia de Belas-Artes, em 1893. Contudo em 1894 Klimt é incumbido, com Matsch, da decoração da Aula Magna da Universidade.
Klimt recebeu em Antuérpia o grande prémio pela decoração do auditório do teatro do Castelo Esterházy em Totis, na Hungria, isso em 1895. Em 1897 acontece a revolta oficial: membro fundador do grupo dos secessionistas e Klimt acaba sendo eleito seu presidente. Então começa a passar os verões com a sua amiga Emile Flöge, em Kammer e na região de Attersee, onde pinta as primeiras paisagens.
Em 1898 Klimt tem sua primeira exposição da Secessão e fundação pelo grupo do periódico “Ver Sacrum”.
Depois teve sua pintura, “A Filosofia”, criticada por 87 professores da universidade, em 1900, que rejeitaram-na no momento em que descobriram ela na exposição da Secessão, e então recebe uma medalha de ouro na Exposição Universal de Paris. Um novo escandalo aparece em 1901, na exposição da Secessão. Desta vez são os deputados que interpelam o ministro da Educação a propósito da pintura “A Medicina”.
Encontra Auguste Rodin, em 1902, no qual aplaude a pintura “O Friso Beethoven”. Em 1903 visita as cidades Veneza, Ravena e Florença. No mesmo ano começa o “Período Dourado”. Os painéis para a Aula Magna de Universidade são colocados na Österreichische Galerie. Klimt protesta. Só então houve uma retrospectiva de Klimt no Palácio da Secessão.
Em 1904 Klimt desenha os cartões para os mosaicos murais do Palácio Stoclet em Bruxelas que a Wiener Werkstätte executará.
1905, Klimt resgata ao ministro, os painéis para a Aula Magna. Ele e seus amigos abandonam, então, a Secessão. Logo, em 1907 encontra o jovem Egon Schiele. Pablo Picasso pinta nesse mesmo ano, o quadro “Les Demoiselles dAvignon”.
Expões 16 telas na Kunstschau em 1908. A Galeria de Arte Moderna compra “As Três Idades da Vida” e a Österreichische Staatsgalerie compra o quadro “O Beijo”. Logo no ano seguinte (1909) começa a pintar o quadro “O Friso Stoclet”. Então vai a Paris onde descobre com interesse a obra de Toulouse-Lautrec. Descobre também o fauvismo: Van Gogh, Munch, Toorop, Gauguin, Bonnard e Matisse, também expostos na Kunstschau.
Em 1910 participa com sucesso na 9ª Bienal de Veneza. E na Exposição Internacional de Roma, 1911, recebe o 1º premio com o quadro “A Vida e a Morte”. Começa a viajar a Florença, Roma, Bruxelas, Londres e Madrid.
Em 1912 Klimt substitui por fundo azul (à maneira de Matisse) o fundo de ouro de “A Vida e a Morte”. Em 1915 sua mãe morre. Klimt começa então, a usar cores sombrias e suas paisagens tendem para a monocromia. Então, a 1916 participa com Egon Schiele, Kokoschka e Faistauer na exposição do Bund Österreichische Künstler na Secessão de Berlim. Morre no mesmo ano Francisco José, dois anos antes do desmembramento do seu império.
Inicia “A Noiva” e “Adão e Eva”. É eleito membro da Academia das Belas-Artes de Viena e de Munique.
A 6 de fevereiro de 1918, Klimt morre de apoplexia. Inúmeras telas ficaram inacabadas. A queda do império e o nacimento da Republica Alemã da Áustria e de seis Estados que daí resultam. Morrem no mesmo ano: Egon Schiele, Otto Wagner, Ferdinand Hodler e Koloman Moser.
(Fonte: www.pintoresfamosos.com.br)
Informações retiradas do livro: Klimt de Gilles Néret.
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