Guy de Maupassant (5 de agosto de 1850 – Paris, 6 de julho de 1893), escritor francês que teve o privilégio de ser orientado literariamente por um dos gênios da literatura de seu país, Gustave Flaubert (1821-1880).
É verdade que nunca conseguiu igualar-se ao mestre. Mas também não fez feio. Seu talento como contista pode ser comprovado neste pequeno volume, que traz, além da narrativa que lhe dá título, o antológico conto “A máscara”.
Em “Luar”, Maupassant põe em cena um abade que, depois de muito rechaçar o amor e suas implicações sexuais, se vê diante de uma situação que o fará reavaliar seus preconceitos.
Já “A máscara” conta a história de um incorrigível conquistador esmagado pelo peso da idade. É impressionante como, num estilo conciso, Maupassant consegue transmitir ao leitor todo o conflito que atormenta seus personagens.
Além de romances e peças de teatro, Maupassant deixou 300 contos, todos obras de grande valor. Merecem destaque, entre os mais famosos, Mademoiselle Fifi e Bola de sebo. “A Pensão Tellier” e “O Horla” podem ser considerados seus contos mais significativos.
Faleceu no manicômio pouco antes de completar 43 anos, após tentativa de suicídio originada de perturbações causadas pela sífilis, que o atormentou por mais de uma década. Foi enterrado no cemitério de Montparnasse.
(Fonte: Veja, 14 de fevereiro de 1996 – ANO 29 – Nº 7 – Edição 1431 – LIVROS – Pág: 91)