Gyorgy Lukács (Budapeste, 13 de abril de 1885 – Budapeste, 5 de junho de 1971), filósofo marxista húngaro, máximo representante da crítica inconformista marxista-lenista com o checo Goldstuecker, inimigo de Proust, “um escritor que só fala do passado e que obviamente não tem futuro”, do realismo socialista da era de Stálin, “um marxismo antidialético”, defensor de Soljenitsin, “um dos apogeus da literatura mundial”, e de escritores “estetizantes e reacionários” (Goethe, Balzac, Stendhal, Thomas Mann) com ensaios que lhe valeram críticas de Moscou, onde se refugiou depois que a efêmera República Húngara Soviética, da qual era Comissário do Povo para a Educação, se esboroou, em 1919. Reabilitado pelo Instituto de Filosofia da Academia de Ciências soviético, que permitiu a publicação de seus doze volumes de “Estética”. Gyorgy Lukács faleceu dia 5 de junho de 1971, aos 86 anos, em Budapeste.
(Fonte: Veja, 9 de junho, 1971 – Edição n° 144 DATAS – Pág; 78)