Harold Pinter, ator, diretor, poeta, roteirista, e um dos grandes dramaturgos do século XX

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Inquieto, versátil e incisivo

 

Harold Pinter, dramaturgo inglês, Prêmio Nobel de Literatura em 2005

 

Harold Pinter (Londres, 10 de outubro de 1930 – 24 de dezembro de 2008), ator, diretor, poeta, roteirista, e certamente um dos grandes dramaturgos do século XX, além de destacado e incômodo ativista político britânico.

 

Foi um dos grandes representantes do teatro do absurdo junto com Samuel Beckett e Eugène Ionesco, tendo escrito mais de 30 peças. Em 2005 recebeu o prêmio Nobel de Literatura e o prêmio Companion of Honour da Rainha da Inglaterra pelos serviços prestados à literatura.

 

Entre suas obras mais conhecidas estão Traição, e Volta ao lar, assim como o roteiro cinematográfico para A mulher do tenente francês.

 

Segundo sua viúva, Antonia Fraser, Pinter lutava há anos com o câncer da laringe. O autor também foi muito ativo politicamente. Assim, ele criticou desde o início a política de George W. Bush e Tony Blair para o Iraque e protestou contra o bombardeio da Sérvia pela Otan, além de se empenhar pelos direitos dos curdos.

 

Premiado pelo conjunto de suas peças, Harold Pinter foi um artista de obra múltipla. Além de dramaturgo, o londrino também fez carreira como roteirista de cinema e teve participações bissextas nos palcos e nas telas, como ator.

 

 

Em 2003, motivado por suas inquietações sobre os rumos dos conflitos no Oriente Médio, publicou um livro de poesias chamado War (guerra), uma crítica feroz ao belicismo.

 

 

Em fevereiro de 2005, anunciou que não escreveria mais peças de teatro, reservando seu tempo para dedicar-se a outra faceta de sua criação artística: a poesia.

 

 

Além de dramaturgo, Harold Pinter roteirizou filmes clássicos e trabalhou como ator

 

 

O TEATRO

 

 

Pinter escreveu 29 peças de teatro. A mais recente, Remembrance of things past (algo como Reminiscências de coisas passadas), foi encenada em 2000 no National Theatre de Londres. Suas obras mais conhecidas no Brasil são O Inoportuno, O Amante, Terra de Ninguém, A Volta ao Lar, Festa de Aniversário e Antigamente.

 

 

O CINEMA

 

Embora mais conhecido por seu teatro, Pinter trabalhou como roteirista de cinema em algumas produções bem-recebidas pelo público e pela crítica. Um dos filmes mais conhecidos roteirizados por Pinter é A Mulher do Tenente Francês, dirigido por Karel Reisz, com Jeremy Irons e Meryl Streep.

 

Ao receber a missão de adaptar o romance de John Fowles sobre um casal vivendo um romance atribulado na Inglaterra vitoriana, Pinter dobrou a trama, transformando os personagens principais em um casal de atores que vivem, os protagonistas no livro, numa adaptação para cinema.

 

Outro sucesso roteirizado por Pinter é O Último Magnata, adaptação do último romance escrito por Scott Fitzgerald, com Jack Nicholson, Robert de Niro e Thereza Russel, entre outros.

 

Um dos trabalhos de Pinter no cinema que dividiu opiniões foi outra adaptação, O Processo, dirigido por David Jones, baseado no quebra-cabeças onírico que é o romance de mesmo nome escrito por Franz Kafka.

 

(Fonte: http://www.ricardoorlandini.net – Ano 7 – Edição nº 1562 – Hoje na história – 24 de Dezembro de 2008)

(Fonte: Zero Hora – ANO 42 – N° 14.660 – 14 OUTUBRO 2005 – Fim de semana – Obra múltipla – Pág: 11)

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