Henrique Dodsworth, ex-prefeito do antigo Distrito Federal, de 1937 a 1945.

Henrique Dodsworth (Rio de Janeiro, 1895 – Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1975), ex-prefeito do antigo Distrito Federal, de 1937 a 1945. Médico e advogado, nunca exerceu essas profissões, ingressando na carreira pública aos 24 anos, como assessor de seu tio, Paulo de Frontin. Sua administração foi a mais longa no Rio de Janeiro, depois do império.

Nos seus oito anos de Prefeitura, Dodsworth, nomeado por Getúlio Vargas, se caracterizou por realizações de caráter urbano, como a abertura das avenidas Presidente Vargas e Brasil, também durante sua gestão foi inaugurado o monumento do Cristo Redentor, no Corcovado. Dodsworth morreu no dia 14 de agosto de 1975, de uma complicação surgida após uma operação de vesícula, aos 79 anos, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 20 de agosto, 1975 – Edição n° 363 – DATAS – Pág; 79)

Henrique Dodsworth
Henrique de Toledo Dodsworth (1895-1975) nasceu no Distrito Federal. Formou-se em medicina e em direito.

Elegeu-se deputado federal em 1924, sendo reeleito em 1927. Em 1933 foi o candidato carioca mais votado para a Assembléia Nacional Constituinte, pela legenda do Partido Economista do Distrito Federal, conquistando mais uma vez uma cadeira na Câmara Federal em 1934.
Em julho de 1937 ocupou a interventoria do Distrito Federal em substituição ao demissionário Cônego Olímpio de Melo.

Apoiada por setores do Partido Autonomista, sua nomeação buscava conseguir a união das forças políticas do Distrito Federal que apoiavam a candidatura de José Américo de Almeida, patrocinada oficialmente pelo governo Federal.

Com o golpe do estado Novo em novembro de 1937 e a suspensão das eleições e do Legislativo, tornou-se prefeito da capital. Durante sua gestão conseguiu aumentar as receitas da prefeitura graças ao aperfeiçoamento do sistema de arrecadação de impostos, permitindo a implementação de uma série de obras públicas por toda a cidade, como a abertura da Avenida Presidente Vargas e a conclusão do desmonte do Morro do Castelo.

Deixou o cargo em novembro de 1945, em meio ao processo de redemocratização que se seguiu à erosão da ditadura de Vargas, sendo então substituído interinamente por Filadelfo de Azevedo(03/11/1945-30/01/1946). Em abril de 1946 foi nomeado embaixador em Portugal.
Fontes: ABREU, Alzira Alves de & BELOCH, Israel (coords.). Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, 1930-1983. Rio de Janeiro, Forense-Universitária/FGV-CPDOC/Finep, 1984, vol. 1; OLIVEIRA REIS, José de. O Rio de Janeiro e seus prefeitos, evolução urbanística da cidade. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, vol.3; SANTOS, Noronha. Esboço histórico acerca da organização municipal e dos prefeitos do Distrito Federal. Rio de Janeiro: Of. Gráfs. O Globo, 1945.
(Fonte: www.alerj.rj.gov.br)